Coletes amarelos: 209 inquéritos sobre violência policial são abertos
"São inquéritos que vão desde insultos a ferimentos que podem ser graves", disse o ministro do Interior, Christophe Castaner
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A polícia francesa abriu 209 inquéritos por suspeitas de violência policial nas manifestações dos "coletes amarelos" na França, anunciou hoje o ministro do Interior, Christophe Castaner.
"São inquéritos que vão desde insultos a ferimentos que podem ser graves", disse Castaner ao canal de televisão France 2.
"Se tiver havido falhas, haverá sanções", garantiu o ministro, que defendeu a ação da polícia.
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Algumas modalidades da manutenção da ordem, desde o início das manifestações dos coletes amarelos, que começaram em 17 de novembro e ocorrem todos os sábados, foram alvo de críticas fortes por parte de manifestantes, partidos políticos e ativistas das liberdades públicas.
A utilização de disparos de balas de borracha é particularmente criticada, já que muitas pessoas ficaram gravemente feridas nos olhos. Até hoje, 23 pessoas disseram ter perdido um olho devido à ação das forças de ordem.
O ministro do Interior lamentou, por outro lado, a indiferença perante os cerca de "1.628 policiais e guardas" feridos desde o início da mobilização.
Exemplificou com o caso de um policial cuja mandíbula foi quebrada por uma pedra da calçada, atirada contra ele na Champs-Élysées. "Ninguém fala disso" porque considera-se que "um policial ou um guarda ficar ferido é normal", lamentou.
As manifestações dos "coletes amarelos", que começaram em protesto contra um aumento do imposto sobre o combustível e depois se alargaram devido ao elevado custo de vida, descambaram muitas vezes em cenas de violência, em Paris e em outras grandes cidades, como Bordeaux ou Toulouse.