Americano recusa dividir ouro e EUA podem perder Olímpíadas para China
Neste sábado (10), Shelby McEwen teve a chance de ganhar o 39º ouro dos norte-americanos, mas literalmente disse "não".
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DEMÉTRIO VECCHIOLI
PARIS, FRANÇA (UOL/FOLHAPRESS) - Os Estados Unidos perdem a disputa contra a China pela ponta do quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Paris por autoconfiança demais. Neste sábado (10), Shelby McEwen teve a chance de ganhar o 39º ouro dos norte-americanos, mas literalmente disse "não".
McEwen terminou a disputa do salto em altura empatado com o neozelandês Hamish Kerr, exatamente como aconteceu em Tóquio, há três anos. No Japão, o italiano Gianmarco Tamberi e Mutaz Essa Barshim, do Qatar, fizeram campanhas idênticas e aceitaram a proposta da arbitragem para dividir o ouro. A cena dos dois felizes rodou o mundo.
Neste sábado, essa opção foi de novo dada a McEwen e Kerr. Os dois superaram o sarrafo a 2,36m, mas falharam a 2,37m e 2,38m. O norte-americano, porém, recusou dividir o ouro, o que fez a prova voltar a 2,34m. Em uma espécie de gol de ouro, o neozelandês passou de primeira, mas McEwen não.
A escolha pode causar enorme prejuízo para os EUA, que entram no último dia dos Jogos Olímpicos de Paris com 38 medalhas de ouro, contra 39 da China. Ou seja, se o saltador tivesse dito "sim", a disputa estava empatada.
No domingo, os EUA ainda estão nas finais do basquete feminino, do vôlei feminino, no ciclismo omnium feminino (Jennifer Valente é a atual campeã olímpica) e em uma do wrestling feminino na categoria até 76kg. Já a China tem grande favoritismo em uma final do levantamento de peso masculino na categoria até 81kg (Wenwen Li levou o ouro em Tóquio).