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Doria pede que que paulistanos fiquem em casa no feriado

O governador lembrou que todas as praias do litoral de São Paulo estão com seus acessos fechados para evitar aglomerações nessa época da pandemia.

Doria pede que que paulistanos fiquem em casa no feriado
Notícias ao Minuto Brasil

15:30 - 08/04/20 por Notícias ao Minuto Brasil

Política Feriado

O governador de São Paulo, João Doria, fez um apelo hoje (8) para toda a população do país, solicitando que, neste feriado da Páscoa, as pessoas evitem se deslocar até o litoral paulista. Para isso, o governador lembrou que todas as praias do litoral de São Paulo estão com seus acessos fechados para evitar aglomerações nessa época da pandemia do novo coronavírus.

“Faço aqui um apelo: por favor, não se dirijam especialmente ao litoral de São Paulo. Se possível, fiquem em suas casas. Permaneçam em casa durante o período da Páscoa”, disse Doria. “As praias estão fechadas, todas elas. Do litoral norte, à Baixada Santista e litoral sul. Nenhum acesso às praias do litoral de São Paulo está permitido”, acrescentou.

Durante entrevista concedida hoje no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, o governador voltou a falar da necessidade das pessoas se manterem em casa, o quanto for possível, como melhor medida de proteção contra o novo coronavírus.

O governador lembrou ainda que a quarentena vale para todo o estado de São Paulo e que, qualquer cidade paulista deve evitar a formação de aglomerações. “A orientação vale para todo o estado de São Paulo. Não é compreensível que pessoas imaginem que esse problema esteja só na capital ou na região metropolitana. Ele atinge todo o estado de São Paulo. O agrupamento de pessoas está proibido [no estado]”, falou Doria, acrescentando que a Polícia Militar já foi orientada para reprimir aglomerações em todo o estado. “A Secretaria de Segurança Pública está orientada, juntamente com os prefeitos, a agirem. Primeiro, na orientação. Na sequência, na advertência; depois, a multa. E depois, a prisão”, disse ele.

Na entrevista, Doria criticou o fato de pessoas estarem atacando médicos e cientistas. “Nossa guerra é contra o coronavírus. Não é contra a medicina”, falou o governador. “Por favor, respeitem os médicos. Respeitem a medicina. Respeitem os enfermeiros. Respeitem aqueles que estão doando sua ciência, experiência, vida, trabalho e dedicação para ajudar as pessoas a manterem suas vidas e sua saúde”.

São Paulo tem hoje 5.682 casos confirmados de coronavírus, com 371 óbitos. Há ainda 861 pacientes internados em estado grave nas unidades de terapia intensiva e 815 em enfermarias.

O infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, voltou a falar hoje sobre o uso de cloroquina como tratamento da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Recuperado da infecção pelo novo coronavírus, Uip não comentou se fez uso da substância em seu tratamento e pediu respeito à sua privacidade. Já o seu amigo, o médico cardiologista Roberto Kalil Filho, do Hospital Sírio Libanês, admitiu hoje (8) que usou cloroquina no tratamento

Segundo Uip, o uso da cloroquina foi liberada pelo Ministério da Saúde para todos os pacientes que estão internados, desde que o médico recomende o uso e o paciente autorize. Ele lembrou, no entanto, que a cloroquina é um medicamento que tem efeitos adversos e deve ser usado com cuidado.

“A cloroquina está indicada para pacientes internados, desde que prescrita pelos médicos com aceite formal assinado pelo paciente. Temos enorme experiência com a cloroquina. Ela é usada há muitos anos no tratamento da malária. É uma droga importante, mas com efeitos colaterais, não desprezíveis. Ela deve ser utilizada sob prescrição e observação médica”, explicou, ressaltando que, sua eficiência no tratamento da covid-19 ainda foi comprovada cientificamente.

O secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, disse que São Paulo já recebeu 200 mil comprimidos de cloroquina, que está sendo distribuído para uso nos hospitais públicos.   

Com informação: Agência Brasil

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