Bolsonaro faz campanha para dizer que é dono do auxílio emergencial
Em live nas redes sociais nesta quinta, o presidente criticou o suposto uso político do auxílio emergencial por parte de governos estaduais.
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Política GOVERNO-COMUNICAÇÃO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Secretaria de Comunicação do governo Jair Bolsonaro publicou nesta quinta-feira (9), em suas redes sociais, uma campanha destinada a explicar que o auxílio emergencial de R$ 600 a informais é pago pela administração federal, e não por governadores e prefeitos.
"O auxílio emergencial de R$ 600 por pessoa não é de prefeituras nem governos estaduais. O auxílio emergencial é fornecido pelo governo federal, para a população, graças aos impostos pagos pela própria população", diz a mensagem publicada pela comunicação presidencial.
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— SecomVc (@secomvc) April 9, 2020
Em live nas redes sociais nesta quinta, o presidente criticou o suposto uso político do auxílio emergencial por parte de governos estaduais. "Isso aí é uma fraude. Não vou acusar o governador porque não temos prova de que foi feito pelo governador", disse, sem especificar a qual governador estava se referindo.
Inicialmente, a equipe econômica de Bolsonaro queria conceder R$ 200 aos informais. Pouco depois, admitiu elevar o valor a R$ 300. Após críticas e intervenções do Congresso, especialmente do relator, o deputado Marcelo Aro (PP-MG), o valor foi elevado para R$ 500.
Buscando esvaziar o discurso de opositores e retomar protagonismo sobre a medida, Bolsonaro decidiu, então, que o valor final seria de R$ 600.
Durante a pandemia do novo coronavírus, Bolsonaro e a maior parte dos governadores entraram em conflito, especialmente porque o presidente passou a criticar as medidas restritivas impostas pelos governadores estaduais para conter a expansão da doença, seguindo recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde para desestimular aglomerações.
Nesse choque, o presidente perdeu o apoio de alguns daqueles que foram seus aliados, como os governadores João Doria (PSDB-SP), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Wilson Witzel (PSC-RJ).