Dilma deixa Porto Alegre após rápida passagem para visitar a família
Por enquanto não há previsão de atividades oficiais em Brasília nesta segunda-feira
© Reprodução / Facebook
Política Folga
A presidente Dilma Rousseff deixou na tarde deste domingo (11) a capital gaúcha, onde esteve visitando a família. Ela chegou a Porto Alegre no fim da tarde de sábado (10), após uma semana intensa, marcada por sucessivas derrotas políticas em Brasília e uma viagem de um dia à Colômbia para fechar acordos comerciais.
A breve passagem da presidente por Porto Alegre foi tranquila e sem compromissos oficiais. Nas proximidades do apartamento em que ela se hospeda e da casa de seu ex-marido, Carlos Araújo, na zona sul da cidade, não houve movimentação além do entra e sai de carros e seguranças, como sempre acontece quando Dilma está presente.
Chegou-se a especular a possibilidade de que a presidente pudesse prolongar a visita para passar o Dia das Crianças, nesta segunda-feira (12), ao lado do neto Gabriel, de 5 anos, mas ela optou por retornar a Brasília neste domingo. De acordo com a assessoria de imprensa da presidente, o avião da Força Aérea Brasileira deixou a Base de Canoas por volta das 12h30.
Por enquanto não há previsão de atividades oficiais em Brasília nesta segunda-feira. Na agenda de Dilma, os próximos compromissos programados são na terça-feira (13), todos no Palácio do Planalto. Às 9 horas, ela se reúne com o vice-presidente da República, Michel Temer, e deverá tratar do agravamento da crise política.
Segundo informou o jornal O Estado de São Pauloneste domingo (11), a presidente avalia que o movimento pelo impeachment pode ganhar fôlego a partir desta semana. Dilma pediu a auxiliares que redobrem as forças para reaglutinar a base aliada no Congresso. Em reunião neste sábado com ministros, antes de embarcar para Porto Alegre, ela disse temer um "comportamento desesperado" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acuado pela suspeita de manter contas secretas na Suíça com dinheiro desviado da Petrobras. O principal temor é de que Cunha possa se tornar uma "fera ferida" e aceitar um pedido de abertura de processo de impeachment.
Também na próxima terça-feira, às 15 horas, Dilma tem um encontro com o secretário-geral da União de Nações Sul-americanas (Unasul), Ernesto Samper, e às 17 horas recebe o governador da província de Buenos Aires, Daniel Scoli.
Na semana que passou, Dilma viu suas contas de 2014 serem rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O Tribunal Superior Eleitoral também decidiu reabrir uma ação que investiga a campanha da petista e que pode levar à cassação do seu mandato. No Congresso, mesmo depois da reforma ministerial, o governo não conseguiu garantir quórum para que fossem apreciados os vetos presidenciais. Com informações do Estadão Conteúdo.