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Witzel recorre ao STF para dissolver comissão do impeachment

Witzel recorre ao STF para dissolver comissão do impeachment na Assembleia do Rio

Witzel recorre ao STF para dissolver comissão do impeachment
Notícias ao Minuto Brasil

06:36 - 23/07/20 por Folhapress

Política WILSON-WITZEL

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A defesa do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) reclamação para tentar dissolver a comissão do impeachment na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

Os advogados do governador argumentam que a Assembleia desrespeitou a jurisprudência da corte e a lei federal que prevê o rito do processo de impeachment para governadores.

Assim, a defesa entrou com pedido liminar no STF para que seja desconstituída a atual comissão e que uma nova, adequada ao regramento federal, seja formada.

Caso a corte negue este pedido, os advogados requerem que seja suspenso o prazo para que Witzel apresente à Alerj sua defesa, que se esgotará ao final do mês.

O ministro Luiz Fux é o relator da ação, que foi encaminhada ao ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo, responsável por decidir sobre questões urgentes durante o recesso do Judiciário.

Isolado politicamente, Witzel vem apostando na via judicial para tentar barrar o impeachment. O governador sofreu recente derrota no dia 16 de julho, quando o Tribunal de Justiça do Rio negou pedido da defesa para suspender o processo na Alerj.

A Assembleia deu início ao processo de impeachment em junho, com o voto favorável de 69 dos 70 deputados da Casa. O pedido foi amparado nas denúncias referentes a supostos desvios por meio de contratos firmados com a Secretaria de Saúde.

Segundo o Ministério Público, há indícios de participação ativa de Witzel quanto ao conhecimento e ao comando das contratações. Ao fim de maio, durante a operação Placebo, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador.

Para tentar evitar o impeachment, Witzel estruturou uma forte equipe de advogados. Na área criminal, o governador é assessorado pelo advogado Roberto Podval, que teve como cliente o ex-ministro José Dirceu. Witzel também conta com os serviços de Ana Tereza Basilio e Manoel Peixinho.

A estratégia de defesa do governador se sustenta em dois pilares: questionar o conjunto probatório levantado pela comissão e o rito adotado pela Alerj.

Os advogados afirmam que falta materialidade à acusação, ou seja, que não há no processo elementos concretos que incriminem Witzel. Quanto ao rito, a defesa busca insistir em algumas brechas para frear o processo.

A Alerj segue a lei federal 1.079, de 1950, e a súmula vinculante 46 do STF. Juntas, as determinações preveem que cabe à União legislar sobre crimes de responsabilidade e definir o rito do impeachment dos governadores.

Ainda que a legislação federal contemple o caso de Witzel, a inexistência de um regramento estadual é utilizada pela defesa como uma oportunidade para questionar o encaminhamento do processo, especialmente no que diz respeito a detalhes da tramitação.

Na reclamação ao STF, os advogados do governador alegam que a Alerj desrespeitou a jurisprudência da corte e a lei federal ao instituir uma comissão sem votação; com 25 integrantes, em vez de 18; e sem proporcionalidade partidária.

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