Glória Heloiza se diz candidata de Bolsonaro no Rio e renega Witzel, em sabatina
"Eu, sim, anunciei e sempre vou anunciar que eu vou ter um excelente diálogo com o presidente Bolsonaro", afirmou para os entrevistadores Chico Alves, colunista do UOL, e Catia Seabra, repórter da Folha de S.Paulo
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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Em sabatina promovida por Folha de S.Paulo e UOL, Glória Heloiza (PSC), postulante à Prefeitura do Rio de Janeiro, disse que vai ser a candidata do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
"Eu, sim, anunciei e sempre vou anunciar que eu vou ter um excelente diálogo com o presidente Bolsonaro", afirmou para os entrevistadores Chico Alves, colunista do UOL, e Catia Seabra, repórter da Folha de S.Paulo.
Questionada sobre os pontos em comum com o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), ela afirmou que existem muitas diferenças e que o PSC "é formado por várias pessoas" e "cada um responde pelas suas ações e responsabilidades".
"Então eu quero dizer que, apesar de ter sido juíza, eu vim da área mais social do Tribunal de Justiça, uma área totalmente diferente da do governador afastado, que foi juiz federal, e trabalhou na parte criminal", disse.
"Essa é a grande diferença, e eu quero dizer para todos que eu não estou preocupada com a história que foi traçada pelo ex-governador porque não é a mesma história, porque não é a mesma pessoa."
ROMPIMENTO ENTRE WITZEL E BOLSONARO
Sobre o rompimento entre Bolsonaro e Witzel, ocorrido no ano passado, a candidata negou estar envolvida com o caso. "Eu não tenho nada com essa questão que foi travada, esse ruído de comunicação ou relacional entre o governador afastado e o presidente Bolsonaro."
"Não fui eu quem travou esse desgaste de relacionamento, então eu quero deixar claro que as pessoas são diferentes, como eu falei, não há por que temer ou ter esse tipo de analogia entre o ex-governador e a Glória", falou.
RELAÇÃO COM PASTOR EVERALDO
Pastor Everaldo, líder do partido de Glória, é apontado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) como um dos líderes dos três grupos instalados no governo fluminense para desvio de recursos e contratações irregulares.
Sobre o assunto, a candidata afirma que seu relacionamento com o Pastor Everaldo e com todos os membros do partido é um relacionamento "político e institucional".
"Eu tenho a convicção de que a Justiça fará seu papel. Nós estamos dentro de um Estado democrático de Direito, o que significa dizer que todas as acusações que pesam sobre qualquer pessoa, inclusive sobre a pessoa do Pastor Everaldo, precisam ser comprovadas, e ele terá seu direito a ampla defesa", disse.
CONTRA A OBRIGATORIEDADE DA VACINA
Durante a entrevista, a candidata também se posicionou contra a obrigatoriedade de uma eventual vacina contra a Covid-19. "Eu sempre digo que todas as políticas públicas não podem ser obrigatórias, porque na verdade não é pela força que se consegue promover a adesão a qualquer política pública."
A candidata ainda falou sobre o armamento não letal e de arma de fogo da Guarda Municipal e defendeu uma capacitação. "O combate à criminalidade não se limita à utilização da arma de fogo, existem várias outras formas de promover uma força de segurança para que a população carioca não tenha medo de ir para as ruas e nem os turistas de visitarem nossa cidade", disse.