Barros: Bolsonaro não quer entregar ministérios a partidos e acho que não vai
Barros também disse que o calendário eleitoral só deve começar em abril de 2022 e, até lá, o ritmo de votações no Congresso não deve ser prejudicado pela disputa.
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O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro não deve entregar ministérios a nenhum partido com o objetivo de ampliar sua base no Congresso. "Eu acho que o presidente Bolsonaro não quer entregar ministérios a partidos e, na minha opinião, não vai", disse, acrescentando que as escolhas de ministros seguirá pautada em critérios técnicos. Barros participou do GZERO Summit Latin America 2020, evento virtual da B3 e do Eurasia Group.
Barros ainda acrescentou que o deputado Arthur Lira (PP-AL) corre como favorito para a eleição para a presidência da Câmara, mas destacou que ainda não há concorrentes definidos. No Senado, o deputado afirmou que a definição dos candidatos deve ficar para o ano que vem. "Todos os prováveis nomes com chance de eleição são reformistas e apoiam a agenda do governo. Não vejo risco para a agenda de reformas em 2021."
Segundo ele, a configuração de partidos já está formada e há 380 deputados pró-reformas, independentemente de apoio ao governo, como é o caso do DEM e do PSDB, que não se consideram governistas. "Temos uma base ampla para aprovação de reformas que precisam de 308 votos."
Barros também disse que o calendário eleitoral só deve começar em abril de 2022 e, até lá, o ritmo de votações no Congresso não deve ser prejudicado pela disputa. Para o líder do governo, o presidente Bolsonaro não tem concorrente hoje, que está tranquilo com seu processo de reeleição.
Mas ponderou que há tempo para colocação de novos nomes que possam enfrenta-lo. O deputado ainda considerou que é difícil o lançamento do partido do presidente, o Aliança pelo Brasil, e que Bolsonaro deve escolher outra sigla em meados de 2021.
Ainda sobre 2022, Barros comentou que o resultado das eleições municipais não é indicativo de nada. Mas depois comentou que mostrou o fortalecimento do centro, o que pode favorecer políticos "pró-resultado e de experiência" nas próximas eleições. "Mostra que o eleitor saiu do extremo para centro, portanto é provável que as eleições de 2022 tenham viés diferente de 2018 e deste pleito."
O líder do governo ainda defendeu que o Brasil é um dos que mais preserva o meio ambiente do mundo, com mais de 25% da sua mata preservada. Além disso, argumentou que a queimada deste ano deve ter sido só "a 7ª ou 8ª maior do mundo" e que as críticas devem-se à relação conflituosa entre o Bolsonaro e a mídia. "Com a vacina é a mesma coisa. O governo já disse que tem dinheiro para comprar todas as vacinas que forem aprovadas. Mas as pessoas que querem ficar ranhetando. É mais uma questão de versões do que de fatos."