Flávio Bolsonaro compara governadores a nazistas em vídeo de aplicativo
O senador utilizou trechos do filme "A Lista de Schindler", do diretor Steven Spielberg, que é judeu, para insinuar a comparação
© Wilson Dias/Agência Brasil
Política Senador
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, compartilhou vídeo no aplicativo Telegram em que compara os governadores a nazistas em um campo de concentração.
Ele utilizou trechos do filme "A Lista de Schindler", do diretor Steven Spielberg, que é judeu, para insinuar a comparação.
Jair Bolsonaro tem atacado os governadores por conta das medidas restritivas para controle da pandemia que eles têm adotado, consideradas fundamentais pela ciência para conter a disseminação do coronavírus.
No Brasil, Maceió e Macapá são as únicas capitais com ocupação de UTIs abaixo de 80%, mostrou o jornal Folha de S.Paulo. As medidas de restrição têm sido tomadas para evitar que toda a rede de atendimento de saúde no país entre em colapso.
Ao compartilhar o vídeo, Flávio mandou também mensagem que diz "O seu trabalho é 'essencial'? A arte imitando a vida".
A montagem publicada pelo senador começa com a mensagem "Não é a primeira vez que as pessoas são classificadas em 'essenciais' e 'não essenciais'". A divisão entre atividades essenciais ou não tem sido utilizada pelos planos de contingência dos estados, que assim definem quais poderão ser mantidas no momento crítico da pandemia.
O vídeo de Flávio então mostra uma cena em que guardas nazistas dizem a judeus que eles não exercem trabalhos essenciais e atiram na cabeça de um deles.
A montagem termina com uma foto de Jair Bolsonaro com a mensagem "nossa arma é a vacina", mote que o senador tem tentado disseminar após meses de atuação prejudicial à vacinação por parte do presidente.