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Ciro Gomes classifica 'mensagem macabra' de 'Ato Institucional BolsoBraga'

Ciro criticou as declarações do governo sobre as Eleições do próximo ano

Ciro Gomes classifica 'mensagem macabra' de 'Ato Institucional BolsoBraga'
Notícias ao Minuto Brasil

22:15 - 23/07/21 por Estadao Conteudo

Política Crítica

O ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT) avalia que a pressão do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, pela aprovação da PEC do Voto impresso não era apenas uma ameaça às eleições brasileiras. Na opinião dele, a "mensagem macabra" implicava também o fechamento do Congresso, do Supremo e de todas as instituições livres. Ciro classificou o fato, revelado pelo Estadão, como um "Ato Institucional BolsoBraga", mais violento que o AI-5, marco da ditadura militar no País.

"O Ato Institucional BolsoBraga seria algo mais violento que o AI-5, pois, o ato máximo do arbítrio da ditadura militar, o famigerado AI-5, veio gradativamente, após quatro anos de perdas constantes de liberdades. O Ato Institucional BolsoBraga chegaria de chofre. Queria ser, como Rei Momo, primeiro e único!", afirmou Ciro vídeo a ser divulgado nesta sexta-feira, 23, e que foi obtido pelo Broadcast Político.

Nesta quinta-feira, 22, o Estadão revelou que Braga Netto, em 8 de julho e por meio de interlocutor político, pediu para comunicar ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que não haverá eleições em 2022 sem o voto impresso, uma bandeira de Jair Bolsonaro.

Ciro destaca que para não haver eleições, tal qual ameaçou o chefe das Forças Armadas, seria necessário todo o desmonte da estrutura democrática e das instituições brasileiras. "Mesmo que tudo não passasse de fanfarronice, típica de quem se acostumou, durante a ocupação militar do Rio, a enfrentar milícias, é algo simplesmente inconcebível e inimaginável que, no Brasil do século 21, um general tenha tamanha petulância."

Para Ciro, Bolsonaro atraiu as Forças Armadas para uma das maiores ciladas da história brasileira recente ao retirá-los da função de protetores da segurança nacional para defensores de um governo e de um grupo que está temporariamente no poder. "Resulta que hoje o Brasil não tem uma boa política de governo nem tem uma boa política de defesa", completa.

O ex-ministro também reforçou a defesa do impeachment do presidente Jair Bolsonaro e expressou surpresa com o que chamou de "capacidade que o Brasil está tendo de engolir não sapos, mas verdadeiros dinossauros e continuar dormindo em berço esplêndido", afirma. "A complacência dos brasileiros é uma das razões para os sucessivos abusos do presidente Jair Bolsonaro que começaram com uma sucessão de escatologias e terminaram no martírio de mais de meio milhão de brasileiros."

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