Empresário bolsonarista Luciano Hang tem conta suspensa pelo Twitter
A assessoria de imprensa do Twitter explicou que a rede social "bloqueou a referida conta (@LucianoHangBr) uma vez que a ordem judicial que requer seu bloqueio na plataforma segue em vigor"
© Edilson Rodrigues / REUTERS
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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A conta no Twitter do empresário e dono das Lojas Havan, Luciano Hang, considerado um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), foi suspensa pela rede social nesta quarta-feira (12). A plataforma alega violação de regras.
A assessoria de imprensa do Twitter explicou que a rede social "bloqueou a referida conta (@LucianoHangBr) uma vez que a ordem judicial que requer seu bloqueio na plataforma segue em vigor".
Nesta quarta-feira (12), Hang gravou stories em Manaus (AM) para a divulgação de novas unidades da Havan no local. Mais tarde, por meio de sua assessoria, o empresário comentou a suspensão da conta no Twitter.
"Estamos vivendo momentos estranhos na sociedade, em que você não pode ter liberdade de pensamento e expressão. Um absurdo! Não é possível que se tenha uma única verdade e que você não pode questioná-la. Agora não podemos mais compartilhar informações para as pessoas tomarem suas próprias decisões?", indagou.
Luciano Hang informou que sua equipe está em contato com o Twitter para que sua conta seja reativada "o mais rápido possível".
Em 2020, o empresário bolsonarista já havia sido bloqueado -tanto no Twitter quanto no Facebook- por ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes em decorrência do inquérito das fake news. Hang então passou a usar apenas o Instagram para fazer suas manifestações a favor do governo de Bolsonaro, como a liberação do porte de armas, da compra de vacina pelo setor privado, entre outras bandeiras. Meses depois, em abril de 2021, ele decidiu lançar um novo perfil no Twitter.
Essa conta que foi suspensa nesta quarta (@LucianoHangBr) também era divulgada pelo empresário em suas redes sociais oficiais.
Desde as eleições de 2018, que elegeu o presidente Jair Bolsonaro, Luciano Hang tem sido acusado de ser um dos financiadores de fake news por meio do aplicativo WhatsApp e do chamado "gabinete do ódio", responsável por desferir ataques contra adversários políticos. Hang nega o financiamento de notícias falsas.