Lula cita "gasolina cara" e inflação e critica Bolsonaro por motociata
"A gasolina cara leva a inflação nas alturas. Mas a prioridade para alguns é fazer motociata sem destino usando combustível caro e comprado com dinheiro público enquanto o povo sofre", escreveu Lula
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Política LULA-BOLSONARO
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta sexta-feira (15) o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), por ter feito mais uma motociata no estado de São Paulo, citando o preço da gasolina e a inflação no Brasil.
"A gasolina cara leva a inflação nas alturas. Mas a prioridade para alguns é fazer motociata sem destino usando combustível caro e comprado com dinheiro público enquanto o povo sofre", escreveu Lula, em seu perfil no Twitter. Bolsonaro e o petista são pré-candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano.
Lula incluiu na postagem um recorte de uma entrevista de uma mulher ao Jornal Nacional, da TV Globo. "Quem comia carne moída, agora tem que comer ovo. Ovo vai ficando caro e vamos para sardinha em lata. E assim só a gente vai sentindo no prato o empobrecimento", afirmou a mulher, identificada como Aline Lima.
A motociata saiu da cidade de São Paulo pela manha. Parte da Rodovia dos Bandeirantes foi interditada para a passagem de centenas de motociclistas gerando pontos de lentidão na saída do feriado prolongado de Páscoa -por volta das 13h40, a via já estava completamente liberada.
O presidente também montou palanque a cidade de Americana, no interior de São Paulo, e fez um discurso inflamado para centenas de motociclistas, em ritmo de campanha, onde também atacou o PT. Durante o trajeto, Bolsonaro parou ao menos três vezes para fazer lives em suas redes sociais e tirar fotos com motociclistas apoiadores.
Já o índice oficial da inflação no Brasil teve alta de 1,62% em março, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a maior variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para o mês em 28 anos, desde 1994, antes da implementação do Plano Real. Esse salto sobe o preço de alimentos e outros itens essenciais.