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Lula amplia vantagem entre os pobres após derrapada de Bolsonaro sobre salário mínimo

O plano do ministro Paulo Guedes (Economia) para flexibilizar a correção obrigatória do salário mínimo e das aposentadorias pegou mal entre os eleitores

Lula amplia vantagem entre os pobres após derrapada de Bolsonaro sobre salário mínimo
Notícias ao Minuto Brasil

05:00 - 28/10/22 por Folhapress

Política Datafolha

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou sua vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os mais pobres após derrapada do governo de Jair Bolsonaro (PL) sobre o salário mínimo, aponta pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (27).

Na semana passada, a Folha de S.Paulo revelou o plano do ministro Paulo Guedes (Economia) para flexibilizar a correção obrigatória do salário mínimo e das aposentadorias. Na prática, a proposta permitiria a concessão de aumentos abaixo da inflação, o que hoje não é possível.

Uma semana depois, a distância do petista para o atual mandatário cresceu de 20 para 28 pontos percentuais entre os eleitores com renda familiar de até dois salários mínimos (R$ 2.424), variação acima da margem de erro de dois pontos, para mais ou para menos.

O petista subiu de 57% para 61% das intenções de voto desse segmento, enquanto o presidente caiu de 37% para 33% em relação ao levantamento anterior. Os que pretendem votar em branco ou anular são 4% e os indecisos, 3%.

Bolsonaro, porém, lidera em todas as outras faixas de renda. No Brasil, 48% do eleitorado ganha até dois salários mínimos; 36%, de dois a cinco; 10%, de cinco a dez; e 4% recebem acima disso, segundo o Datafolha.

O instituto ouviu 4.580 pessoas em 252 municípios entre terça (25) e esta quinta-feira (27). A pesquisa foi encomendada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo e está registrada sob o código BR-04208/2022 no Tribunal Superior Eleitoral. O índice de confiança é de 95%.

As pesquisas eleitorais são um retrato da intenção dos eleitores no momento em que as entrevistas são feitas, e não uma projeção do resultado eleitoral, que só será conhecido no dia do pleito, com a apuração oficial.

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