Cabeleireiro temeu que Janja fosse hostilizada em salão de zona nobre de São Paulo
O novo cabelo já foi pensado para a posse do presidente eleito Lula (PT), que ocorrerá no próximo dia 1º de janeiro. Petri diz que optou por um "castanho altamente iluminado".
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Brasil ROSANGELA-SILVA
MÔNICA BERGAMO- (FOLHAPRESS) - Quando chegou ao salão ROM. Concept, em São Paulo, para mudar o visual, a futura primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, não tinha grandes exigências. "Ela me deixou livre para criar", disse à coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o cabeleireiro e visagista Ulisses Petri, que atendeu a socióloga no último sábado (3).
"Ela não tinha a intenção de ficar mais nova nem nada disso. Só queria um visual mais fresh, mais leve", detalha ele.
O novo cabelo já foi pensado para a posse do presidente eleito Lula (PT), que ocorrerá no próximo dia 1º de janeiro. Petri diz que optou por um "castanho altamente iluminado". O primeiro passo foi fazer o retoque do reflexo. Em seguida, usou um tonalizante para dar "personalidade à cor".
A raiz também foi tonalizada para, segundo ele, minimizar o contraste entre o castanho natural de Janja e as mechas loiras. "Também cortei só um dedinho das pontas e dei uma desfiada para dar leveza", relata. Por fim, Petri finalizou com uma escova modelada, técnica que deixa os fios levemente ondulados nas pontas.
Janja passou quatro horas no salão, situado na avenida Brasil, no Jardim Paulista, região nobre de São Paulo, e que costuma receber celebridades. No local, o preço para fazer reflexo gira em torno de R$ 1.500, o corte sai por R$ 400 e a escova, R$ 180, segundo Petri.
Foi a primeira vez que ele cuidou dos cabelos da futura primeira-dama, por indicação de uma amiga dele. Janja não estava previamente agendada. Foi um encaixe, diz ele. "Eu a atendi como atendo todas as minhas clientes, não faço distinção. O valor cobrado foi o mesmo de qualquer outra cliente", afirma.
O salão estava lotado e Petri afirma que teve medo que alguma pessoa provocasse Janja ou criasse alguma situação constrangedora. "Ela foi corajosa [de vir no sábado], e eu também, porque o país está muito polarizado", diz.
"Poderia ter uma bolsonarista que pudesse gritar ou hostilizá-la. Mas foi tudo na paz", acrescenta. Questionado pela reportagem, ele preferiu não revelar em quem votou para presidente.