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Promotores explicam denúncia contra Lula

Cassio Conserino revela que o que foi feito onde é resultado da leitura de uma investigação que já vem sendo realizada há seis anos

Promotores explicam denúncia contra Lula
Notícias ao Minuto Brasil

16:17 - 10/03/16 por Notícias Ao Minuto

Política Tríplex

Na tarde desta quinta-feira (10), os promotores

Cassio

Conserino

e

Fernando Henrique de Moraes Araújo deram uma entrevista coletiva para falar sobre a denuncia deflagrada ontem e que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,

sua esposa, Marisa Letícia, e um de seus filhos, Fábio Luis Lula da Silva.

Conserino

começou explicando que a

questão envolvendo o triplex é dividida: o

apartamento está relacionado a uma questão estadual, mas o que tem dentro dele, as reformas, e o sítio de Atibaia, pertencem ao Ministério Público Federal. O promotor disse que

enquanto várias famílias ficaram sem apartamento, um dos investigados foi contemplado com um triplex. "É esse o mote da denúncia". Ele ainda revela que não existe o que chama de "juízo de valor" na denúncia.

Conserino

aproveita para explicar que o que foi feito onde é resultado da

leitura de uma investigação que já vem sendo realizada

há seis anos e

que culminou em uma denúncia por crimes de estelionato.

Para o promotor, existem

diversos crimes de estelionato e falsidade

ideológica, no Guarujá está um dos tentáculos da

organização, que estaria

relacionado ao triplex que tem o nome de Lula entre os envolvidos.

Também participando da entrevista, o

promotor Fernando Henrique de Moraes Araújo revelou que todos os investigados tiveram acesso aos documentos da investigação desde que ela teve início e ainda puderam entrar

com procedimentos protelatórios. Dessa forma, ele afirma que não houve

violação de princípios

constitucionais, como chegou a ser questionado.

O promotor Cássio Conserino explicitou que "a Bancoop, ao

transferir empreendimentos

inacabados para a OAS, a empreiteira ficou como sucessora, mas não assumiu a postura correta para com os cooperados, já que passou

a

cobrar

taxar criminosas, fracionou os terrenos para construção de prédios de alto luxo e

vendidos além das pessoas já envolvidas nas propriedades".

Tais atitudes "estabeleceram pânico entre todos adquirentes e

cooperados

da Bancoop, pois essas pessoas

até

hoje, nem pela bancoop

ou pela OAS, receberam as escritoras". As pessoas se viram obrigados a fazer uma opção simples: ou pagavam altos valores ou optavam pela devolução do dinehiro investido, em 36 parcelas, em um período de 12

meses

para

receber os valores".

Uma das questões levantadas foi o motivo da operação ser feita em São Paulo e não no Guarujá. Sobre isso, foi explicado que todas as condutas encontradas quer nas assinatura de contrato, nas realizações das entregas fraudulentas operaram-se em São Paulo e, por isso, foi na capital paulista que aconteceram todas as questões envolvendo as transferências indevidas.

Os promotores explicaram que Lula foi indiciado por crimes de falsidade ideológica, com pena variando entre três a dez anos, e lavagem de dinheiro, que pode render entre um e três anos de reclusão. Marisa Letícia está denunciada por falsidade ideológica e o filho do casal, por lavagem de dinheiro. Os promotores explicaram ainda que, apesar de serem investigações diferentes, estão em contato com os responsáveis da Lava Jato e que irão compartilhar as provas produzidas. Conserino revelou que as denúncias contra Lula foram baseadas em provas testemunhais e documentais: funcionários do triplex, zelador, porteiro, funcionários da OAS, ex-funcionários, empresa responsável pela reforma, entre outros.

Para os promotores, não existe dúvida de que o triplex estava sempre destinado a ser de Lula e sua família.

Confira os indiciados:

Família Lula:

– Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente

– Marisa Letícia, ex-primeira-dama

Fabio

Luis

Lula da Silva (Lulinha), filho

Bancoop:

– João

Vaccari

Neto, ex-presidente

– Ana Maria

Ernica, ex-diretora financeira

– Ivone Maria da Silva, diretora técnica

Leticia

Achur, advogada

– Wagner de Castro, ex-diretor-presidente da cooperativa e presidente do Sindicato dos Bancários do ABC e de São Paulo

OAS:

– Leo Pinheiro, ex-presidente

– Roberto Moreira Ferreira, diretor de incorporação

– Igor Pontes, coordenador de engenharia

– Carlos Frederico Guerra, diretor executivo jurídico da OAS Empreendimentos e diretor de novos negócios no FIP OAS Empreendimentos

Fabio

Yonamine, ex-presidente da OAS Investimentos

– Victor Levindo, ex-diretor da OAS Empreendimentos

– Luigi

Petti, diretor de desenvolvimento e incorporação da OAS Empreendimentos

– Telmo

Tonolli, diretor regional de incorporações da OAS/RJ

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