Maioria dos eleitores diz que Bolsonaro deve ficar afastado da vida pública, afirma Quaest
A reprovação à volta de Bolsonaro é maior entre eleitores que recebem até dois salários mínimos (62%)
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Política Pesquisa
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A maioria dos eleitores brasileiros defende que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fique afastado da vida pública, diz pesquisa Genial/Quaest realizada entre os dias 13 e 16 deste mês.
Dos respondentes, 54% afirmam não querer ver o ex-mandatário novamente em um cargo público, ante 39% que dizem aprovar um eventual retorno. Outros 7% não responderam ou disseram não saber.
A reprovação à volta de Bolsonaro é maior entre eleitores que recebem até dois salários mínimos (62%) e votaram em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno nas eleições passadas (83%) ou optaram pelo voto em branco ou nulo ou não compareceram ao pleito (59%).
A oposição ao regresso do ex-presidente na arena pública se sobressai mesmo entre eleitores com renda mais elevada: ela chega a 48% entre aqueles que ganham mais de dois e até cinco salários mínimos, ante 43% dessa mesma faixa que defendem a volta de Bolsonaro.
Já entre os que recebem mais de cinco salários mínimos a reprovação é de 50%, contra 45% de entrevistados desse grupo que preferem seu retorno.
Dos respondentes que votaram em Bolsonaro, por sua vez, 74% acreditam que o ex-mandatário deveria voltar à vida pública, contra 19% que rechaçam a hipótese.
O levantamento Genial/Quaest ainda aponta que 87% dos entrevistados estavam cientes de que o Bolsonaro já retornou ao Brasil após passar um período nos Estados Unidos, enquanto 13% receberam a informação no momento em que a pesquisa foi realizada.
Entre os eleitores do ex-presidente, apenas 8% não sabiam que ele já havia regressado ao país.
A margem de erro da pesquisa, feita com 2.015 brasileiros de mais de 16 anos, é de 2,2 pontos percentuais.