Meteorologia

  • 23 NOVEMBRO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Padilha fala em 'mudança da água para o vinho' entre toma lá dá cá de Bolsonaro e Lula

A afirmação foi feita antes de sessão solene em homenagem aos servidores da saúde, na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), em comemoração ao Dia Mundial da Enfermagem.

Padilha fala em 'mudança da água para o vinho' entre toma lá dá cá de Bolsonaro e Lula
Notícias ao Minuto Brasil

15:00 - 13/05/23 por Folhapress

Política ALEXANDRE-PADILHA

ARTUR RODRIGUES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), afirmou nesta sexta-feira (12) que o governo Lula (PT) mudou da água para o vinho o pagamento de emendas parlamentares em relação ao toma lá dá cá da gestão de Jair Bolsonaro (PL).

A afirmação foi feita antes de sessão solene em homenagem aos servidores da saúde, na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), em comemoração ao Dia Mundial da Enfermagem.
"A diferença é como da água pro vinho. Tanto que vocês conseguem dizer exatamente para quem foi liberado os recursos", disse. "Não tem nenhuma relação com o chamado orçamento secreto, estamos fazendo política à luz do dia."

Padilha afirmou que o governo tem desembolsado restos a pagar da gestão passada. "Nós já liberamos cerca de R$ 4 bilhões para pagar emendas, recursos que o governo anterior tinha dado um calote em estados e municípios. São recursos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal", disse.

Lula tem distribuído cargos e emendas parlamentares a deputados e senadores em troca de apoio político no Congresso, em prática da velha política usada por diferentes governos e conhecida como toma lá dá cá.
O ministro afirmou, porém, que agora isso é feito com transparência. "Estamos empenhando os recursos do orçamento de 2023, que são emendas individuais de cada parlamentar, estão inscritas lá, todo mundo sabe quem é, transparência absoluta".

Segundo ele, o governo empenhou cerca R$ 1,6 bilhão nesse tipo de emenda, três vezes mais do que o governo Bolsonaro empenhou no mesmo período. Para Padilha, isso mostra que o governo Lula tem compromisso de diálogo com o Congresso, de que indicações para projetos prioritários serão apoiadas.
Nesta semana, por exemplo, Lula acelerou a liberação de emendas depois de derrota em votação no Congresso Nacional e de ameaças de novos reveses.

Cerca de R$ 1,15 bilhão da verba da cota individual dos parlamentares foi empenhado nesta semana.
No restante do ano, o valor empenhado ainda não havia tingido R$ 200 milhões. A gestão petista ainda planeja começar a desembolsar, nas próximas semanas, recursos referentes às antigas emendas do relator, que totalizam R$ 9,85 bilhões.
Ele negou que a liberação de emendas tenha relação com a votação do arcabouço fiscal e que o governo segue o calendário estabelecido.

Padilha diz que o arcabouço fiscal será aprovado no tempo adequado e que é importante que seja aprovado antes de agosto. "O quanto mais rápido for aprovado será mais um passo para consolidar a segurança econômica do país para que o Brasil entre numa trajetória descendente da taxa de juros", disse.
Integrantes do governo afirmam que o cronograma de execução das emendas já estabelecia que a entrega da verba ganharia tração a partir de maio. O valor empenhado até quarta-feira (10) representa cerca de 6% dos R$ 21,2 bilhões previstos para emendas individuais em 2023.

O governo Lula vem sendo criticado por problemas na articulação política. A situação ganhou novas proporções na semana passada com a primeira derrota relevante no Congresso Nacional, com a derrubada pelos deputados federais do decreto que alterava algumas regras no Marco do Saneamento.
Parlamentares cobram maior agilidade do governo, especialmente para destravar a liberação do recurso que foi incorporado ao orçamento do Executivo após o STF (Supremo Tribunal Federal) declarar inconstitucional as emendas do relator, no fim do ano passado.

Durante a campanha eleitoral, Lula chegou a chamar as emendas de relator de "maior esquema de corrupção da atualidade", "orçamento secreto" e "bolsolão".

A gestão petista, porém, decidiu manter nas mãos do centrão alguns dos órgãos que tiveram o orçamento turbinado pela emenda de relator, como a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).

Leia Também: Padilha diz que repasse de emendas mudou 'da água pro vinho' em relação ao governo Bolsonaro

Campo obrigatório