Lula almoça com aliado de Arthur Lira cotado para Ministério do Turismo
O parlamentar é cotado para assumir o Ministério do Turismo em substituição a Daniela Carneiro, a Daniela do Waguinho, esposa do prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho Carneiro (Republicanos).
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Política Ministério do Turismo
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, almoçou neste sábado, 17, com o deputado Celso Sabino (União Brasil-PA), em Belém, após compromissos do petista na capital paraense. O parlamentar é cotado para assumir o Ministério do Turismo em substituição a Daniela Carneiro, a Daniela do Waguinho, esposa do prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho Carneiro (Republicanos).
No encontro, o presidente confirmou que Sabino será ministro, segundo aliados do parlamentar.
Celso Sabino é aliado do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), que busca mais espaço na Esplanada. Lula é pressionado por Lira e pelo Centrão para trocar a ministra.
O Ministério do Turismo é da cota que o presidente cedeu ao União Brasil. A ministra Daniela Carneiro era filiada, mas deixou o partido.
O almoço foi intermediado pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Em discurso, o emedebista reforçou o interesse em ter Celso Sabino no primeiro escalão do governo. "Celso representará todos nós, para que o Pará possa estar fortalecido", disse. Lula ouviu e ignorou a menção ao discursar.
Procurado, o deputado não quis falar sobre o encontro. Apesar da sinalização da troca, interlocutores do petista dizem que Lula não deve solucionar o impasse no Turismo antes de viajar para agendas na Itália e no Vaticano. O presidente embarca na segunda-feira, 19.
Ex-integrante do PSDB e evangélico, Sabino é considerado um nome capaz de acomodar os interesses de Arthur Lira na Esplanada. E a decisão de Lula por um parlamentar do União com boas relações internas poderia garantir apoio mais coeso da base do partido às propostas do governo na Câmara.
Em 2016, o deputado condenou a indicação de Lula para ministro da Casa Civil da então presidente Dilma Rousseff (PT). Na época, afirmou que a nomeação do petista era uma estratégia do Partido dos Trabalhadores para garantir foro privilegiado a Lula.