Em nova frase polêmica, Romeu Zema associa democracia a tirania
Zema disse que a "democracia é o direito das pessoas escolherem o próprio tirano"
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Política Governador
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), voltou a compartilhar neste domingo, 23, uma frase polêmica em seu Instagram. Desta vez, escreveu que a "democracia é o direito das pessoas escolherem o próprio tirano". A sentença foi atribuída ao ex-presidente dos Estados Unidos James Madison (1809 a 1817).
Madison foi o quarto presidente dos EUA e é considerado o "pai da Constituição", devido aos Ensaios Federalistas que escreveu junto a Alexander Hamilton e John Jay. Ele também ficou conhecido por ser um dos presidentes que já foi dono de escravos.
Potencial sucessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como líder da direita, Zema tem acumulado polêmicas ao longo do atual mandato. No início deste mês, o governador publicou uma frase atribuída ao ditador italiano Benito Mussolini. "Fomos os primeiros a afirmar que, quanto mais complexa se torna a civilização, mais se deve restringir a liberdade do indivíduo", escreveu, um dia após Bolsonaro ser declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Zema já disse que os Estados do Sul e do Sudeste têm "mais gente trabalhando do que vivendo de auxílio emergencial", dando a entender que o ocorre o contrário nas regiões Norte e Nordeste. Segundo ele, "boa parte da solução do País" está concentrada nos Estados sulistas e sudestinos.
A afirmação foi feita em 2 de junho. No dia seguinte, Zema alegou que foi mal interpretado e que, na verdade, disse ter convicção de que o melhor programa social é a geração de empregos.
O governo de Minas Gerais também classificou a inconfidência mineira como "um golpe". A afirmação foi feita numa rede social pelo perfil do governo estadual durante o último feriado de Tiradentes, em 21 de abril. "A data de hoje recorda a luta dos Inconfidentes mineiros pela liberdade do Brasil e dos brasileiros. Temendo as consequências do golpe à Coroa Portuguesa, os inconfidentes não confessaram seus crimes. O único a fazê-lo foi Joaquim José da Silva Xavier, que tornou-se o Mártir Tiradentes ao receber a pena mais dura, em 21 de abril de 1792", dizia a legenda.