Rita Serrano curte post que critica sua demissão da presidência da Caixa por Lula
Ela é a terceira mulher demitida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para dar lugar a um homem e ampliar o espaço do Centrão no governo
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Política Rita Serrano
A ex-presidente da Caixa Econômica Federal Rita Serrano curtiu nesta quinta-feira, 26, uma publicação no X (antigo Twitter) com críticas à sua demissão do banco público. Ela é a terceira mulher demitida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para dar lugar a um homem e ampliar o espaço do Centrão no governo.
A publicação curtida por Rita Serrano é de Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP). "A companheira Rita Serrano vinha fazendo um excelente trabalho na Caixa. Infelizmente, perdemos um dos maiores instrumentos de implementação de políticas públicas para o Centrão", diz o texto publicado nas redes.
O comando da Caixa foi prometido ao PP na mudança ministerial realizada em setembro, mas ainda não havia sido entregue. Uma exposição artística patrocinada pela estatal, que colocou o presidente da Câmara em uma lata de lixo, foi a gota d'água para acelerar o processo.
Servidora de carreira nomeada por Lula para assumir a presidência da Caixa em janeiro, Rita Serrano foi substituída pelo economista Carlos Antonio Vieira Fernandes, indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A demissão de Serrano ocorreu em uma conversa nesta quarta, 25, no Palácio do Planalto. Ela era da "cota pessoal" de Lula, mas deputados e senadores reclamavam do seu perfil técnico. Segundo eles, a então presidente do banco não atendia aos pedidos feitos por parlamentares.
Até a tarde desta quinta-feira, Rita Serrano ainda se identificava como "presidenta da Caixa" na biografia do X. Não havia outra manifestação dela sobre a demissão do cargo além da curtida.
Na nota em que anunciou a saída de Serrano da presidência do banco, o governo afirmou que ela "cumpriu na sua gestão uma missão importante de recuperação da gestão e cultura interna da Caixa Econômica Federal, com a valorização do corpo de funcionários e retomada do papel do banco em diversas políticas sociais, ao mesmo tempo aumentando sua eficiência e rentabilidade, ampliando os financiamentos para habitação, infraestrutura e agronegócio".
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