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Zambelli diz que ato no 8/1 é 'coisa ridícula' e que irá ignorá-lo

A parlamentar bolsonarista tem evitado falar sobre a solenidade em suas postagens nas redes sociais

Zambelli diz que ato no 8/1 é 'coisa ridícula' e que irá ignorá-lo
Notícias ao Minuto Brasil

21:12 - 04/01/24 por Folhapress

Política atos antidemocráticos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) diz ter decidido ignorar o ato que marcará o aniversário de um ano dos ataques golpistas de 8 janeiro, programado para a próxima segunda-feira (8).

Vocal opositora do governo Lula na Câmara dos Deputados e também nas redes sociais, a parlamentar bolsonarista tem evitado falar sobre a solenidade em suas postagens. "Eu vou ignorar. Coisa ridícula esse gasto de energia e dinheiro público", afirma Zambelli à coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

A deputada ainda diz que não pretende comparecer ao Congresso no dia da cerimônia. "Estou em Fortaleza", explica. O evento deve reunir em Brasília cerca de 500 convidados, entre autoridades e representantes da sociedade civil.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, governadores que fazem oposição ao presidente Lula (PT) e são tidos como possíveis candidatos ao Palácio do Planalto em 2026 também não devem participar.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está de férias na Europa e só retorna ao Brasil na noite do dia 8 de janeiro. Auxiliares do gestor afirmam que a viagem já estava marcada e que houve uma coincidência –nos bastidores, porém, criticam o ato promovido por Lula.

O entorno de Tarcísio considera que o ato do petista tem um caráter mais político do que institucional e tende a ser esvaziado. Ainda segundo auxiliares do governador paulista, apesar de sua ausência não ser proposital, foi a saída mais diplomática para evitar qualquer embaraço.

Na região Sul, por exemplo, nenhum dos três governadores deve comparecer. Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, está de férias em Trancoso, na Bahia, e retorna ao Palácio Piratini apenas no dia 11. A assessoria do vice-governador Gabriel Souza (MDB), que poderia representar o Governo do RS, respondeu à Folha de S.Paulo que a agenda para a próxima semana ainda não foi definida.

Tanto Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, quanto Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, responderam que não irão a Brasília por já terem "outros compromissos" marcados para o dia 8. O governo do PR não deve enviar representante e o de SC não respondeu a esse questionamento.

Até quarta-feira (3), 34 dos 38 ministros do governo Lula já tinham confirmado sua presença no ato. A participação expressiva de titulares é celebrada por integrantes da gestão que organizam a solenidade e acreditam que o número de presentes possa superar o do evento de lançamento do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), ocorrido em agosto do ano passado.

A cerimônia terá discursos do presidente Lula (PT), do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT).

Chefe do Executivo potiguar, Bezerra foi escolhida para representar os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal em sua fala. As credenciais de mulher, negra e nordestina pesaram para a escolha, feita pelo cerimonial da Presidência, num cenário em que todos os demais oradores da mesa são homens.

Uma minuta preliminar da programação ainda prevê que estejam presentes no ato a ministra aposentada do STF Rosa Weber, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, a segunda-dama Lu Alckmin, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

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