PTN demonstra divergência da legenda sobre impeachment
Dois deputados foram favoráveis ao impedimento da presidente Dilma, e outro criticou o processo como "golpe".
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Política Divisão
Deputados do Partido Trabalhista Nacional (PTN) demonstraram, em discursos na tribuna da Câmara, na madrugada deste sábado (16), que há
uma divisão dentro da sigla
com relação ao pedido de afastamento da presidente Dilma
Rousseff. Segundo o G1, o
partido foi o
13º
a se manifestar na sessão que discute parecer favorável ao encaminhamento do
processo de impeachment da
petista
ao Senado.
Primeira deputada a discursar pela legenda
foi a
deputada Renata Abreu (PTN-SP).
A parlamentar declarou ser favorável ao afastamento de Dilma da Presidência
da
República
e afirmou
que os deputados
devem “ouvir” a vontade das manifestações de rua do país.
“70% dos brasileiros são a favor do impeachment, e 30%, contra. Essa é a opinião do povo, que deve ser ouvida e respeitada por nós políticos. Estamos diante de uma oportunidade de passar a limpo o Brasil. Ouvir as vozes da rua, vozes legítimas”, declarou
Renata Abreu.
No entanto, logo depois
do discurso de Renata Abreu, o deputado Bacelar (PTN-BA) defendeu o governo de
Dilma
e chamou o processo de impedimento de “golpe”.
O terceiro a falar pelo PTN foi o deputado Carlos Henrique
Gaguim
e contrariou o colega de bancada, afirmando que “golpe é enganar o povo”.
“Tem cinco anos, seis anos que não acontecem as grandes obras prometidas nas campanhas políticas. O que está acontecendo é golpe? Golpe é enganar o povo. Mandei fazer pesquisas e, lá no Tocantins, deu que 90% das pessoas queriam que eu votasse pelo impeachment. Eu fui eleito para representar o povo, e não o partido”, concluiu
Carlos Henrique
Gaguim.