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Contra impeachment, Lula se abate e passa a receber 'nãos'

"Nem o Lula está conseguindo. Não tem mais jeito", disse o auxiliar da presidente Dilma Rousseff

Contra impeachment, Lula se abate e passa 
a receber 'nãos'
Notícias ao Minuto Brasil

16:20 - 17/04/16 por Notícias Ao Minuto

Política Cansaço

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentava agendar uma

conversa

com o bispo Edir Macedo, porém na noite de

quinta-feira (14) um ministro

do Palácio do Planalto informou que a tentativa de tal reunião

havia falhado.

"Nem o Lula está conseguindo. Não tem mais jeito", disse

o auxiliar da presidente Dilma

Rousseff, dando a entender que

governo, naquele momento, já não acreditava

reverter o quadro na batalha contra o impeachment,

segundo

informações da Folha de S. Paulo.

Faltando

poucas horas para o início da discussão do processo no plenário da Câmara dos deputados, ministros

mais próximos da presidente telefonavam para os aliados de Lula.

As contas estavam sendo feitas: a tabela mais otimista mostrava 176 dos 172 votos necessários para barrar o impedimento, porém

Lula sabia que

a margem era apertada demais.

Visivelmente cansado e

apreensivo, o ex-presidente tentava

transmitir

confiança aos aliados e dizia

que era hora de se focar nos deputados indecisos,

em abstenções e possíveis ausências.

Se não conseguissem apoio necessário para derrubar o impeachment, era

preciso fazer com que a oposição não chegasse aos 342 votos que confirmam o andamento do processo.

Porém o

petista

estava exausto. Desde que desembarcou em Brasília, na terça (12),

o cenário piorou

rapidamente, com a

debandada de importantes partidos da base aliada, como PP e PSD.

Depois do almoço com os ministros Jaques Wagner (Gabinete Pessoal da Presidência) e Ricardo

Berzoini

(Secretaria de Governo) para estabelecer a nova estratégia, Lula tentou agendar encontro com Aguinaldo Ribeiro (PB), líder do PP na Câmara.

O deputado, porém, negou

o convite de Lula, e os aliados ficaram surpresos com "um raro 'não' a Lula".

O ex-presidente resolveu

reeditar o

discurso. De "O que você precisa para ficar com a gente?" passou a falar do vice

Michel Temer (PMDB), que ganhava prestígio entre deputados antes pró-Dilma às vésperas do início do debate no plenário da Câmara.

"Confie na minha palavra. Eu vou mudar o governo. Com o Temer, você não sabe no que pode acreditar."

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