Líder do governo Lula defende reforma ministerial e nova estratégia de comunicação
José Guimarães (PT-CE) admitiu que o governo enfrenta problemas de aceitação na população
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Política Governo
O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE) afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve renovar a Esplanada dos Ministérios e rever sua estratégia de comunicação se quiser aumentar sua popularidade. Em entrevista na Câmara antes das derrotas na análise dos vetos, Guimarães admitiu que o governo enfrenta problemas de aceitação na população.
"Nós temos que evitar, em qualquer governo, a acomodação e a sensação de que está tudo bem. Se estivesse tudo bem, o Lula estava com seus 80% de aceitação. Não está tudo bem", disse o parlamentar.
Desde a demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras e da transferência do ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, para o cargo de ministro extraordinário da reconstrução do Rio Grande do Sul, os governistas têm discutido uma reforma ministerial.
Como o Estadão mostrou, o presidente já disse que planeja dar um "chacoalhão" no governo. O presidente quer uma guinada na comunicação para se aproximar da classe média, dos evangélicos e do agronegócio, setores onde enfrenta maior rejeição.
Guimarães avalia que a queda de popularidade do governo ainda é um reflexo da polarização política. "Não é desgaste. É a manutenção da mesma toada que tivemos na eleição. Nós temos que avançar", afirmou.
Por isso, o Planalto precisa considerar uma nova tática comunicacional para alcançar o eleitorado, segundo ele. A estratégia, entretanto, não significaria a demissão de Pimenta. "Tem tempo ainda para reformular muitas coisas. Eu acho que dá tempo da gente reverter isso para Lula chegar a um índice de aceitação grande em 2026", declarou o congressista.
Para isso, ele defende que o governo se empenhe em desmontar as redes de desinformação construídas pela oposição e demonstre os feitos da gestão. "Não podemos nos dar ao luxo de errar. O País é 50% com nós e 50% com eles", disse.