Relator do impeachment no Senado é acusado de pedaladas fiscais
Além disso, Antonio Anastasia seria o campeão de doações eleitorais entre os senadores eleitos em 2014
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Política Irônico
Antonio
Anastasia
(PSDB-MG)
foi o escolhido para ser o relator do processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff
no Senado Federal. Ele seria o campeão de
doações eleitorais entre os senadores eleitos em 2014, segundo aponta o
Huffpost
Brasil.
Ironicamente, o senador também é acusado de "pedaladas fiscais", assim como a
petista.
Anastasia
foi braço direito do presidente do PSDB, o senador
Aécio Neves, candidato que foi derrotado por Dilma nas eleições de 2014.
O mineiro
foi o que mais arrecadou entre os eleitos em
2014. Foram
R$ 18,1 bilhões.
Entre as doações estão
empreiteiras e um banco citados na Operação Lava Jato. Em sua defesa, o
relator garante que as
doações foram legais.
Segundo a declaração feita ao Tribunal Superior Eleitoral, o BTG
Pactual
doou R$ 1 milhão, a UTC R$ 504 mil, a OAS R$ 163 mil, a Odebrecht R$ 162 mil, a Andrade
Gutierrez
R$ 100 mil e a Queiroz Galvão R$ 80 mil. O valor total equivale a 11% das arrecadações do candidato e alguns dos repasses foram intermediados pelo partido.
O procurador-geral da República,
Rodrigo
Janot, tinha o nome de
Anastasia
na lista de investigados no esquema de corrupção na
Petrobras, porém o inquérito em
que o político era alvo foi
arquivado por falta de provas. Em delação, o
ex-policial
Jayme
Alves
Oliveria
Filho, conhecido como “Careca” afirmou que entregou
dinheiro a uma pessoa parecida com o senador a mando do
doleiro
Alberto
Yousseff.
Assim como o Dilma,
Antonio
Anastasia
também é acusado de “pedalar”
contas públicas. O Ministério Público Federal (MPF) ingressou em 2015 com
ação civil pública
contra o Estado de Minas Gerais por
não aplicar o percentual
mínimo
de
12% do orçamento em ações e serviços de
saúde pública. Na ação, o governo estadual, entre 2003 e 2012,
descumpriu sistematicamente
preceitos legais e constitucionais por meio de
manobras contábeis
para aparentar o cumprimento da Emenda Constitucional 29/2000, que fixa o percentual para saúde.