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Indicado para Transportes foi condenado por desvio em merenda

O deputado confirmou que seu nome está envolvido nas negociações entre o PR e aliados de Temer, mas se defendeu das acusações dizendo que recorre da condenação expedida em primeira instância, por improbidade administrativa

Indicado para Transportes foi condenado 
por desvio em merenda
Notícias ao Minuto Brasil

17:28 - 29/04/16 por Folhapress

Política PR

Indicado pelo PR para chefiar o Ministério dos Transportes em um eventual governo Michel Temer (PMDB), o deputado Maurício

Quintella

(PR-AL) foi condenado em agosto de 2014 por participação em um esquema que desviou dinheiro destinado ao pagamento de merenda escolar em Alagoas, entre 2003 e 2005. Na época,

Quintella

era secretário de Educação do Estado.

Procurado, o deputado confirmou à reportagem que seu nome está envolvido nas negociações entre o PR e aliados de Temer que atuam na montagem de um novo ministério. Ele se defendeu das acusações e disse que recorre da condenação expedida em primeira instância, por improbidade administrativa, ao lado de outras nove pessoas.

Nessa ação, a Justiça determinou que todos, somados, devolvessem um total de R$ 133,6 milhões à União por desvios nos programas de merenda e transporte escolar.

Quintella, especificamente, foi multado em R$ 4,2 milhões.

Por conta das investigações, o MPF (Ministério Público Federal) conseguiu, em 2008, que a Justiça autorizasse o bloqueio dos bens do deputado.

A ação contra

Quintella

foi instaurada após a Polícia Federal deflagrar uma operação, a Gabiru, em 2005, para desbaratar a rede de desvios de merenda.

O deputado se viu especialmente envolvido em um caso, que cita o

superfaturamento

da compra de ovos. Uma licitação homologada por ele, à época secretário, autorizou o pagamento de quase R$ 280 mil para a compra de 90 mil dúzias de ovos. Segundo a Justiça, só metade da compra foi efetivamente entregue.

"A denúncia criminal sequer foi aceita pela Justiça", afirmou

Quintella. "E estou recorrendo da decisão de primeira instância da ação civil que determinou o pagamento de multa", disse.

O parlamentar alega que as acusações são improcedentes. "Não é o secretário quem faz cotação de preços, é o setor de licitações. A única coisa que diz foi homologar a licitação", afirmou.

Questionado sobre a indicação para o Ministério dos Transportes após possível posse de Temer, o deputado se limitou a dizer que o nome definido pelo partido ainda "está em discussão". Com informações da Folhapress.

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