Anatel vai fiscalizar cumprimento de suspensão de acessos ao X, antigo Twitter
A agência informou ao STF, neste sábado, 31, que os mais de 20 mil provedores, entre grandes e pequenos, foram comunicados sobre a decisão.
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Política Anatel
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve fiscalizar, a partir da próxima segunda-feira, 2, se todas as operadoras suspenderam acessos à plataforma X, o antigo Twitter, conforme determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A agência informou ao STF, neste sábado, 31, que os mais de 20 mil provedores, entre grandes e pequenos, foram comunicados sobre a decisão.
Os bloqueios começaram no período da madrugada e a maioria dos usuários brasileiros não consegue mais acessar a rede social controlada pelo empresário Elon Musk.
É possível, segundo técnicos da Anatel, que alguns provedores menores tenham dificuldades para viabilizar o bloqueio para usuários. Mas até o fim deste sábado a suspensão da maioria dos acessos já estava confirmada.
Moraes determinou o bloqueio do antigo Twitter depois de uma série de descumprimentos de decisões judiciais por parte da empresa de Elon Musk, como ao não liberar informações sobre usuários investigados e ao se negar a pagar multas aplicadas pelo Poder Judiciário. A última foi não ter indicado um representante no Brasil depois que Musk anunciou o fechamento do escritório mantido no País.
Na sexta-feira, 30, o presidente da Anatel, Carlos Manuel Baigorri, afirmou que o bloqueio de sites e IPs é um procedimento rotineiro da agência, mas que o X é o maior site a ser bloqueado no Brasil.
"Essa é a maior (suspensão) que nós vamos fazer. Nunca tivemos uma decisão de bloqueio dessa magnitude. Chegamos perto quando nas últimas eleições houve uma possibilidade de bloqueio do Telegram. Chegamos a ser informados dessa natureza, mas o bloqueio do Telegram não chegou a ser cumprido", disse.
Na ocasião, a plataforma acabou cedendo e nomeou um representante legal no Brasil para receber as notificações judiciais.
Baigorri afirmou também que os quatro maiores provedores de internet do País - Tim, Vivo e Claro - já haviam sido notificados ainda na sexta.