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Marçal afirma que foi barrado por Bolsonaro em ato na Paulista

"Voltei para o Brasil e fui direto para o ato patriótico na avenida Paulista, para o qual fui convidado pelo próprio presidente Bolsonaro. Fui surpreendido com o impedimento do acesso ao caminhão", disse o autodenominado ex-coach em nota, após aterrissar de uma viagem a El Salvador.

Marçal afirma que foi barrado por Bolsonaro em ato na Paulista
Notícias ao Minuto Brasil

07:00 - 08/09/24 por Folhapress

Política São Paulo

ARTUR RODRIGUES E ANNA VIRGINA BALLOUSSIER
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O influenciador e candidato a prefeito Pablo Marçal (PRTB) chegou quase ao final do protesto bolsonarista na avenida Paulista neste sábado, 7 de Setembro, foi ovacionado por apoiadores e afirmou ter sido barrado no trio elétrico onde discursou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

"Voltei para o Brasil e fui direto para o ato patriótico na avenida Paulista, para o qual fui convidado pelo próprio presidente Bolsonaro. Fui surpreendido com o impedimento do acesso ao caminhão", disse o autodenominado ex-coach em nota, após aterrissar de uma viagem a El Salvador.

"Essa foi só mais uma manobra frustrada dos desesperados que tentaram me silenciar, mas foram calados pelo apoio maciço e caloroso do povo. Não vai ter segundo turno. Dia 6 de outubro, São Paulo vai fazer o M28", completou ele no comunicado à imprensa.

O pastor Silas Malafaia, organizador do ato que pediu o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, desmentiu essa versão: "Marçal tá dizendo aí que foi impedido de subir no trio. O cara é tão safado que ele chegou no final. Depois que encerrou, ninguém vai subir", declarou.

Segundo Malafaia, o candidato "quer tirar proveito, quer lacrar, quer fazer corte". "Não vou deixar um cara mentiroso, que quer a todo custo poder, vir lacrar em cima de mim", completou o pastor.

Marçal chegou ao final do discurso de Bolsonaro, subiu no ombro de apoiadores e foi ovacionado pela multidão que ocupava a Paulista, causando um empurra-empurra de pessoas que queriam se aproximar. O candidato do PRTB disputa o eleitorado bolsonarista com o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Nunes também compareceu ao protesto e subiu no trio elétrico de Bolsonaro e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) logo no início, mas teve presença discreta, sem discursar nem ser citado por ninguém no microfone.

Já Marçal não havia confirmado se iria ao ato e disse que sua decisão seria uma "surpresa". Posteriormente, seus apoiadores passaram a divulgar uma montagem com sua imagem e a frase "governantes da Paulista", dando a entender que ele iria ao evento.

A relação de Marçal com a família Bolsonaro é ambígua. Bolsonaro e seus filhos chegaram a abrir fogo contra o autodenominado ex-coach, mas recuaram diante da reação negativa do seu público.

Posteriormente, o ex-presidente chegou a gravar um vídeo chamando seus apoiadores para o protesto deste sábado e afirmou que "qualquer candidato a prefeito" de São Paulo poderia comparecer. Oficialmente, Bolsonaro apoia Nunes, mas o ex-presidente dá sinais de que gostaria de manter o pé em duas canoas para ver quem vai ao segundo turno.

Embora o influenciador empolgue a franja mais radical do bolsonarismo, ele também é criticado por parte desse público por não fustigar Alexandre de Moraes. Nos bastidores, justifica-se o modo do candidato agir como uma precaução para evitar problemas jurídicos, em momento em que já arrebanha inimigos em todos os campos ideológicos.

De acordo com o Datafolha, Marçal é conhecido por 88% dos eleitores de Bolsonaro. Entre os candidatos que lideram a disputa à Prefeitura de São Paulo, ele foi o que mais cresceu em grau de conhecimento dos eleitores, segundo o levantamento.

Mesmo sem tempo de propaganda no horário eleitoral em rádio e TV, o influenciador agora é conhecido por 76% dos paulistanos no geral, número que soma os que o conhecem muito bem, um pouco ou só de ouvir falar. Na pesquisa divulgada uma semana antes, o índice era de 67%.

Marçal se tornou mais conhecido ao entrar no alvo central dos ataques de adversários, inclusive na propaganda eleitoral. Ao mesmo tempo, sua rejeição oscilou quatro pontos para cima e atingiu 38%, a maior numericamente entre todos os candidatos, o que indica um obstáculo crescente à campanha do influenciador.

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