Líder do MBL responde a mais de 60 processos e deve R$ 4,9 mi, diz jornal
O coordenador do movimento e seu irmãos respondem por, pelo menos, 16 processos na área civil, que juntas, somam mais de R$ 3,4 milhões
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Política Ficha suja
O
Movimento Brasil Livre
(MBL), entidade civil criada em 2014 para combater a corrupção e lutar pelo impeachment da presidente Dilma
Rousseff
(PT)
parece estar enfrentando problemas com a justiça.
Renan Antônio Ferreira dos Santos, um dos três coordenadores nacionais do grupo, é réu
em
pelo menos
16 ações cíveis e mais 45 processos trabalhistas. De acordo com o UOL, Renan nega as irregularidades.
Desde fechamento fraudulento de empresas, dívidas fiscais, fraude contra credores, calote em pagamento de dívidas trabalhistas e ações de danos morais, as acusações chegam a
um total de R$ 4,9 milhões. O movimento ainda está sofrendo uma ação de despejo de sua sede nacional, na região do centro de São Paulo. O MBL
se recusou
a deixar o imóvel mais de um ano após o pedido de devolução por parte de seu proprietário.
O imóvel e o aluguel estão em nome
irmã de Renan Santos,
Stephanie Santos. No
local também
funciona a produtora de vídeos NCE Filmes, liderada por Stephanie e seu outro irmão, Alexandre Santos, que é responsável pela produção de todo material gráfico e de vídeo do MBL.
Renan, de 32 anos, é o coordenador mais velho do movimento, que é formado, em sua maioria, por
jovens de formação liberal. Ele e seu irmãos respondem por, pelo menos, 16 processos na área civil, que juntas, somam mais de R$ 3,4 milhões.
Na maioria dos casos, o tempo para a empresa se defender já passou, e a cobrança que está sendo realizada na Justiça não tem resultado porque os tribunais não encontram valores nem nas contas das empresas, nem nas de seus
proprietários.
O coordenador do MBL admite que está devendo, mas alega
que se tratar de pendências advindas de sua atuação como empresário. A
Martin
Artefatos
de Metal, empresa de que Renan é sócio,
possui 45 processos trabalhistas nos tribunais de São Paulo e Campinas, acumulando
condenações que ultrapassam R$ 1,5 milhão.
Nem Renan nem nenhum outro sócio se manifestaram no processo. Após a condenação, com o início do processo de execução, a Justiça decretou
o bloqueio das contas bancárias da empresa, porém não havia dinheiro nelas. Foi decretada, então, a penhora de bens da empresa, que irão a leilão para levantar os valores devidos.