Em ato com Boulos, Alckmin diz que Nunes quebrou governo para tentar vencer a eleição em SP
"Em 2021, a Prefeitura fez mais de 3 bilhões de superávit primário. Em 2022, já caiu para R$ 1,5 bilhão. No ano passado, fez mais de 6 bilhões de déficit primário. E esse ano vai ser pior ainda... Esse ano vai piorar. Quebrar governo para tentar ganhar eleição é subestimar a inteligência e a capacidade de julgamento das pessoas", disse Alckmin
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Política Eleições 2024
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) criticou, nesta terça-feira, 22, a gestão fiscal do atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), afirmando que o emedebista quebrou o governo para tentar vencer a eleição na capital paulista. As declarações foram feitas durante um evento de apoio a Guilherme Boulos (PSOL), realizado na região central da cidade.
"Em 2021, a Prefeitura fez mais de 3 bilhões de superávit primário. Em 2022, já caiu para R$ 1,5 bilhão. No ano passado, fez mais de 6 bilhões de déficit primário. E esse ano vai ser pior ainda... Esse ano vai piorar. Quebrar governo para tentar ganhar eleição é subestimar a inteligência e a capacidade de julgamento das pessoas", disse Alckmin.
Alckmin oficializou seu apoio a Boulos no segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo dois dias após o resultado do primeiro turno, ao postar uma foto ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do candidato do PSOL, com a legenda: "Ao lado do presidente Lula, por São Paulo e com Guilherme Boulos."
No primeiro turno, Alckmin havia apoiado sua correligionária Tabata Amaral, que terminou em 4º lugar com 9,91% dos votos. Tabata foi convidada para o evento de apoio a Boulos, mas não compareceu. Embora tenha declarado apoio ao candidato do PSOL, ela já havia sinalizado que não participaria ativamente de sua campanha.
Denominado "Agora É Boulos da Frente Ampla", o evento busca replicar a imagem da frente ampla que apoiou Lula nas eleições presidenciais de 2022. No entanto, diferentemente da coligação construída pelo petista, Boulos não conseguiu atrair o apoio de partidos fora do espectro da esquerda.
Ao Estadão, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB), um dos organizadores do evento, afirmou que o ato demonstra como Boulos conseguiu reunir nomes de diferentes campos políticos em prol de sua candidatura. "Estamos construindo, com esse ato, uma frente ampla, de diversos segmentos, não só políticos como também culturais, além de nomes fortes da sociedade civil", disse.
Participaram do evento o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), a vice na chapa de Boulos, Marta Suplicy (PT) e o ex-ministro da Casa Civil no governo Lula José Dirceu, entre outros políticos.
Antes, Alckmin também esteve com Boulos em uma lanchonete na região central de São Paulo. O encontro não constava na agenda oficial divulgada para a imprensa. De acordo com a assessoria do vice-presidente, a visita ocorreu devido a uma brecha na agenda.
A equipe de Boulos avalia que Alckmin, ex-governador de São Paulo por quatro mandatos, possui capital político e é bem avaliado entre o eleitorado paulistano, o que pode ajudar a atrair votos de indecisos e eleitores moderados, além de reduzir a rejeição ao candidato do PSOL.
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