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Malafaia atribui atentado a 'problemas mentais e emocionais' e volta a atacar Moraes

Na última quarta-feira (13), um homem se explodiu em frente à sede do STF após a detonação de bombas em dois locais da praça dos Três Poderes.

Malafaia atribui atentado a 'problemas mentais e emocionais' e volta a atacar Moraes

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Notícias ao Minuto Brasil

18:48 - 15/11/24 por Folhapress

Política SILAS-MALAFAIA

ARTHUR GUIMARÃES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), reagiu ao atentado em Brasília afirmando que o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), acirrou os ânimos com suas decisões sobre o 8 de janeiro e agora tenta jogar uma cortina de fumaça sobre atos ilegais.

 

Na última quarta-feira (13), um homem se explodiu em frente à sede do STF após a detonação de bombas em dois locais da praça dos Três Poderes.

O autor do atentado foi Francisco Wanderley Luiz, 59, candidato a vereador pelo PL de Bolsonaro em 2020, que esteve no acampamento golpista na capital federal para reivindicar que o ex-presidente continuasse no poder mesmo após perder a eleição de 2022.

No vídeo, Malafaia atribuiu o ato a "problemas mentais e emocionais" de Francisco, em linha com a narrativa bolsonarista de tratar o episódio como resultado da ação de um "lobo solitário".

"Não vou deixar passar o ditador da toga, Alexandre de Moraes, com uma narrativa para tentar tirar proveito, para jogar uma cortina de fumaça nos seus atos ilegais, injustos, sobre a questão do homem com problemas mentais e emocionais que explodiu bombas em Brasília", afirma Malafaia na publicação.

Pela manhã, Moraes declarou que o atentado não é um ato isolado, mas se insere em um contexto de "discurso de ódio", e que a "impunidade vai gerar mais agressividade".

A investigação da Polícia Federal sobre o ataque já foi enviada ao ministro após a corte julgar que há conexão do ocorrido com os ataques golpistas de 8 de janeiro.

No vídeo, Malafaia diz que são as "atitudes ódio" do magistrado, "de perseguição política, que vão gerar mais agressividade".

O pastor cita caso no qual integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) tentaram invadir, em 2014, o tribunal. "Ninguém chamou esses caras de golpistas, terroristas ou subversivos. Foram chamados de manifestantes."

Menciona também episódio de 2017 em que sindicalistas depredaram ministérios. "Nenhum ministro do STF chamou de golpista, ninguém foi preso, ninguém foi condenado", afirmou o líder evangélico.

Malafaia compara com os eventos de 8 de janeiro em Brasília, quando um grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiu e depredou as sedes dos três Poderes.

Ele diz que as pessoas foram classificadas "golpistas e terroristas" e que houve uma "verdadeira perseguição política promovida por Alexandre Moraes, com o objetivo de atingir Bolsonaro".

"Quem tem trazido instabilidade e acirrado ânimos são as injustiças do ditador da toga Alexandre de Moraes", que, segundo o pastor, "se diz vítima de um complô desses pseudogolpistas para matá-lo".

"Chamaram essa gente de baderneira, de golpistas e subversivos para [os acusados] serem julgados no STF e não terem direito a recorrer a outra instância. Isso é uma vergonha!."

"Isso, sim, provoca ódio, essas injustiças", afirma Malafaia. "O senhor não tem moral para tentar tirar proveito de algo onde o senhor é participante e promotor de verdadeiras injustiças."

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