Palácio Guanabara, no Rio, é palco de protestos
O Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, foi palco de um protesto em ritmo de carnaval no início da madruga de domingo (22). Após participarem do Grande Baile de Máscaras, na Praça São Salvador, no bairro de Laranjeiras, onde fica o palácio, um grupo de cerca de 40 pessoas "invadiu" as varandas do local ao som de marchinhas.
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Política Laranjeiras
O movimento pegou de surpresa os quatro policiais militares que vigiavam o Palácio Guanabara no momento. A informação é do perfil Coletivo Mariachi, que registrou o movimento em vídeo postado no YouTube. No vídeo, o coletivo faz referência à proibição do uso de máscaras em manifestações com a legenda "proibindo máscaras nas manifestações acabaram carnavalizando os protestos".
Os foliões manifestantes gritavam palavras de ordem contra o governador do Rio, Sérgio Cabral e perguntavam "Cadê o Amarildo?", em referência ao ajudante de pedreiro desaparecido. Em clima de festa, o grupo de cerca de 40 pessoas pedia "Choque de Amor", em recado para o Batalhão de Choque da Polícia Militar e ensaiou até mesmo um abraço coletivo nos PMs presentes.
A manifestação ocorreu de forma pacífica, sem nenhuma depredação ou confronto com a polícia. Na saída do palácio, os manifestantes fecharam a rua Pinheiro Machado por alguns minutos e depois seguiram novamente para a praça São Salvador, onde se dispersaram. Apesar disso, houve reclamações de moradores do bairro da Zona Sul carioca, incomodados com o barulho até tarde da noite.
"Galera, na boa, vocês querem ou não o apoio dos moradores? Porque isso de não respeitar o horário do silêncio acaba sendo bem ruim pra conseguir isso. O combinado seria a música ir ate as 10. Ai galera começa a tocar e percorrer as ruas 1 da manhã, os vizinhos aqui ficaram furiosos! Acho que a gente tem que aplicar no próprio movimento os preceitos de respeito que reivindicamos", postou Larissa Bery na página do evento no Facebook.
"Ótima a falta de respeito de vocês...a música rolou até meia noite, vocês simplesmente esquecem que esta é uma área residencial e que existem idosos e crianças!", disse Elizy Lima na rede social.
A última tentativa de invasão do Palácio Guanabara ocorreu no dia 13 de agosto por professores da rede estadual e Black Blocs.