Cultura vai para secretaria ligada à presidência e terá mulher como titular
Adriana Rattes, que foi secretária estadual de Cultura do Rio, é uma das cotadas
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Com a extinção do Ministério da Cultura e sob forte crítica da classe artística quanto à decisão, o presidente interino Michel Temer decidiu criar uma Secretaria Nacional de Cultura ligada à Presidência da República e tem avaliado nomes femininos para ocupá-la.
A nova secretaria não terá status de ministério, embora fique vinculada diretamente à presidência. O ator Stepan Nercessian havia sido sondado para assumir a área, mas foi preterido pela necessidade do governo de mostrar uma Esplanada com representatividade feminina.
Uma das cotadas, Adriana Rattes foi a secretária estadual de Cultura do Rio que ficou mais tempo no cargo, de 2007 a 2014. É uma das fundadoras do Grupo Estação, iniciativa de exibição de arte. Como secretária, enfrentou reações por defender as Organizações Sociais (OS) para gerir órgãos ligados à pasta.
Apontada como um dos atos de enxugamento da máquina pública, a extinção do MinC, fundado há 30 anos, foi mal recebida pelos artistas e demais militantes da área da cultura. O temor é de que, no guarda-chuva da pasta da Educação, as iniciativas do setor fiquem em segundo plano.