Proposta de Temer é "preocupante" e "grave", diz Dilma Rousseff
A presidente afastada, juntamente com o ex-ministro Aloizio Mercadante falaram sobre a privatização do pré-sal e da retirada de dinheiro da educação
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Assim que o presidente em
exercídio, Michel Temer, anunciou as propostas de acabar com os gastos mínimos com saúde e educação
na sua gestão interina,
Dilma
Rousseff
as definiu como "preocupantes" e "graves".
Ao lado do ex-ministro
Aloizio
Mercadante, a
presidente
afastada
falou com internautas através da sua página no
Facebook, nesta quarta-feira (25). Ela afirma que o
peemedebista
quer privatizar o pré-sal e, desta forma "destinar a poucos grupos econômicos a 'parte do leão'", de acordo com o UOL.
Em relação a
vinculação dos royalties do petróleo e do fundo social do pré-sal para educação pública como um dos principais legados do seu
governo, Dilma escreveu:
"Estão
querendo acabar com o modelo de partilha que vai garantir que a parte do leão desse petróleo que nós sabemos onde está, conhecemos a qualidade, sabemos como extrair, não resulte em benefícios para toda a população. Querem privatizá-lo e privatizar, neste caso, significa destinar a poucos grupos econômicos a 'parte do leão'".
O
presidente em
exercício sugeriu na
terça-feira (24) uma emenda à Constituição para limitar os gastos públicos e acabar com o Fundo
Soberano, um
tipo
de poupança criada em 2008 para usar em períodos de crise. Ainda dependente de aprovação do Congresso,
a proposta indica que
as despesas com saúde e educação também deverão obedecer ao limite máximo para crescimento de gastos públicos.
Em uma pergunta enviada à Dilma,
um usuário pede que ela faça
um resumo dos avanços na educação, em geral, nos anos PT. A
petista
destaca
alguns programas considerados fundamentais, como
a aprovação do Plano Nacional de Educação, "que planeja a política educacional do Estado Brasileiro para a próxima década, com metas e estratégias, são
20 macro metas e 156 estratégias". Outro item citado por Dilma é o
programa Universidade Rede do Professor, "onde todos professores concursados do ensino básico público podem entrar nos cursos de licenciatura e formação de professores das universidades e institutos federais voltados para as disciplinas que estão ministrando".
Garante ainda que em sua gestão
o número de matrículas para os cursos de mestrado e doutorado foi dobrado. Finaliza escrevendo que,
no ano passado, "35% dos formandos são os primeiros da família a ter um diploma de ensino superior".