Voto deve ser repensado, diz presidente do Conselho
José Carlos Araújo (PR-BA) afirmou que os deputados devem repensar o voto tendo em vista a posição da Procuradoria-Geral da República
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Política Eduardo Cunha
O pedido de prisão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já repercute entre deputados na sessão do Conselho de Ética que pode votar nesta terça-feira (7) o relatório que pede a cassação do mandato do presidente afastado da Câmara.
O presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA), afirmou que os deputados devem repensar o voto tendo em vista a posição da Procuradoria-Geral da República.
A PGR pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a prisão de Cunha por avaliar que a determinação de suspendê-lo do mandato e da presidência da Câmara não surtiram efeito -ele continuaria tentando atrapalhar as investigações da Lava Jato. O deputado não se pronunciou.
Ainda foram pedidas as prisões, também por suposta tentativa de interferir na operação, do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP).
"A partir de agora, todo mundo tem que repensar [o voto sobre Cunha]. O procurador-geral não faria um pedido desses se não tivesse bem embasado", afirmou Araújo.
Adversário de Cunha, ele visitou recentemente Rodrigo Janot, o chefe do Ministério Público Federal, para relatar a sua opinião de que mesmo afastado Cunha continua manobrando para evitar a sua cassação no Conselho.
Aliado do peemedebista, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) reagiu ao pedido da Procuradoria e disse que a atitude não influenciará o voto no Conselho0. "A não ser que seja crime o deputado Eduardo Cunha querer se defender aqui no Conselho".
Entre outras ações, aliados de Cunha tentam aprovar na Comissão de Constituição e Justiça mudanças nas regras de cassação para beneficiar o peemedebista.
A sessão de votação desta terça no Conselho de Ética teve início às 9h37. Há 17 deputados inscritos para falar por até 10 minutos cada um. A votação pode ficar para esta quarta-feira (8) caso não haja conclusão até o início da sessão de votações no plenário principal da Casa, cujo início dos trabalhos barra automaticamente deliberações nas comissões.