PF apreende transportes de luxo dos envolvidos na campanha de Campos
Os materiais serão submetidos a uma perícia técnica e os documentos, celulares e planilhas fiscais serão analisados com maior atenção
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Política Turbulência
A Operação Turbulência deflagrada nesta terça-feira (21) pela Polícia Federal percorreu residências e escritórios, alvos de mandados de busca e apreensão.
De acordo com um balanço divulgado pela PF foram apreendidos sete automóveis de alto luxo, 45 relógios de marcas internacionais famosas, além de 3,6 milhões em reais, dólares, cheques, contratos, recibos e comprovantes de transferência bancária, bem como revólveres e uma espingarda. Além disso, foram apreendidos dois barcos, dois helicópteros e um avião.
A reportagem do G1 destaca que os policiais federais prenderam na terça (21) quatro pessoas apontadas como integrantes de uma organização criminosa que pode ter financiado a campanha de reeleição do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em 2010, segundo a Polícia Federal. O grupo também teria envolvimento com a compra do avião Cessna Citation que caiu em Santos (SP), em agosto de 2014, causando a morte do presidenciável.
Segundo investigações da PF, o grupo pode ter movimentado até R$ 600 milhões. Os documentos apreendidos na Operação Turbulência irão comprovar os crimes. A PF apreendeu cinco computadores portáteis, cinco discos rígidos, 20 agendas, três pen-drives, além de 17 celulares e sete tablets. Entre os papéis, estão escriturações, extratos bancários e planilhas fiscais.
Os materiais serão submetidos a uma perícia técnica e os documentos, celulares e planilhas fiscais serão analisados com maior atenção. A PF informou que não existe um tempo definido para o término das perícias.
O assessor de comunicação da PF em Pernambuco, Giovani Santoro, explicou para o G1 que os documentos vão mostrar a movimentação financeira da organização criminosa e detalhar a participação dessa pessoas envolvidas nessa transação. "Precisamos saber quem se beneficiou com esse dinheiro desviado dos cofres públicos. Sendo assim, não descartamos novas operações para prender mais gente", afirmou.
Santoro também esclareceu que quando se deflagra uma operação dessa, que investiga lavagem de dinheiro, é importante que esses bens sejam apreendidos e que esses recursos possam ser recuperados por meio de leilão. "É preciso não só prender as pessoas, mas impor prejuízo a elas", observou.
Ainda de acordo com a publicação, a PF informou que as armas foram apreendidas com os alvos da operação levados para prestar depoimento por condução coercitiva. "Nesse caso, eles também respondem por pose de arma de calibre permitido. Isso é um crime fiançável. Eles foram indiciadas por terem essas armas em suas residências sem o devido registro, mas respondem em liberdade".