Dilma quer respaldo de senadores para declarar apoio a novas eleições
A presidente afastada acredita que é preciso contar com os 22 senadores contrários ao seu afastamento e também com o respaldo de pelo menos mais 13 parlamentares
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Política Plebiscito
A presidente afastada Dilma Rousseff pensa em apoiar a proposta de um plebiscito para definir a convocação de novas eleições presidenciais a um maior respaldo da alternativa no Senado.
De acordo com a Folha de S. Paulo, a petista se reuniu com dirigentes de partidos aliados, no Palácio do Alvorada, nesta quarta-feira (22) e considerou que não adianta encampar a proposta de maneira solitária caso ela não conte com um apoio mais significativo na Casa.
Dilma acredita que é preciso contar com os 22 senadores contrários ao seu afastamento e também com o respaldo de pelo menos mais 13 parlamentares.
Segundo a publicação, o número seria capaz de garantir com folga a permanência da petista no cargo na votação final do impeachment, já que ela precisa de pelo menos 27 votos. Dilma entende que isso criaria condições para que a proposta ganhasse sustentação no Congresso.
Por isso, a petista indicou que dirigentes partidários de legendas como PT, PCdoB e PDT a aumentarem a ofensiva sobre senadores ainda indecisos em relação ao impeachment, como Cristovam Buarque (PPS-DF) e José Reguffe (sem partido-DF).
A Folha destaca ainda que a proposta do plebiscito conta com resistência até mesmo entre aliados de Dilma no Senado e em seu próprio partido, o PT. Na opinião deles, a proposta dificilmente seria aprovada no Congresso e uma nova eleição presidencial não resolveria a crise política do país.
A presidente afastada deseja conquistar maior apoio de senadores e espera que a proposta seja encampada primeiro pelos movimentos sociais, evitando passar a mensagem de que a alternativa é sugerida em decorrência da perda de legitimidade da petista para governar o país.
A Folha explica que os movimento sociais, como o MST (Movimentos dos Sem Terra), estão resistentes com a medida.
A petista também aproveitou o encontro para defender o aumento da ofensiva contra o governo interino de Michel Temer.
Dilma considera que é preciso elevar a munição contra a reforma previdenciária sugerida pelo peemedebista e a proposta de liberação da venda de terras a estrangeiros.