Após renúncia, candidatos a sucessão de Cunha começam a se articular
Com mais de 10 candidatos, a disputa promete ser acirrada
© Reprodução / Agência Brasil/ José Cruz
Política Turbulência
Pelo menos 13 deputados se apresentaram como candidatos ao cargo de presidente da Câmara de Deputados, dias antes da renúncia da chefia da Casa, que foi feita nesta quinta-feira (7), por Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A articulações prometem ser turbulentas para decidir o substituto de Cunha, e os parlamentares deverão convocar as eleições em cinco sessões, segundo informa o Estado de Minas.
O
nome do líder do PSD, deputado Rogério
Rosso, está entre os mais cotados. Ele ganhou
destaque
no parlamento ao
presidir a comissão de impeachment da presidente Dilma
Rousseff
(PT). No entanto,
Rosso
já negou a candidatura nas últimas semanas e que só falaria sobre a questão se houvesse vacância do cargo.
Um que se movimentou fortemente nos últimos dias nas discussões sobre a
substituição do peemedebista foi
o primeiro secretário da Casa, deputado Beto Mansur (PRB). Na semana passada o parlamentar
defendeu que Cunha renunciasse e que isso
o ajudaria a “estancar o sangramento” pelo qual passa o parlamento.
De acordo com o
vice-presidente da Mesa Diretora, deputado Fernando
Giacobo
(PR) também está em
campanha pela cadeira.
O
parlamentar tem conversado com os colegas em busca de apoio.
O relator do processo de impeachment da presidente
afastada
na comissão especial, deputado
Jovair
Arantes (PTB),
ainda
é outro citado nas listas dos pretendentes ao cargo. Jovair sutilmente
negou o interesse em participar, mas não falou como
será o
processo de sucessão.
Quem assumir a Casa não deve permanecer no cargo por muito tempo, visto que a nova eleição para a presidência da Câmara ocorrerá em fevereiro de 2017.
O PMDB deve se unir para ter mais força na negociação pós-Cunha e o nome mais cotado na bancada é
do deputado Osmar
Serraglio
(PMDB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Nas articulações, mesmo que com cautela, a grande parte do partido defende que o mandato siga em mãos da sigla.