100 dias de governo Temer: Relembre principais momentos
O governo interino de Michel Temer completou 100 dias no último sábado, dia 20 de agosto
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Política período simbólico
A interinidade do governo de Michel Temer, que completou 100 dias neste sábado (20), pode acabar logo, assim que o Senado concluir o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff.
Embora Dilma tenha deixado temporariamente o cargo sob acusação do crime de responsabilidade fiscal, a análise deste fato tem sido apenas uma das faces do julgamento.
Segundo o portal Nexo, como o processo tem um elevado teor político, a aceitação dos parlamentares a Temer é fundamental para que ele seja efetivado no cargo que vem ocupando desde maio.
Durante o governo interino, o peemedebista já anunciou duras medidas econômicas que ainda não colocou em prática, estabeleceu recuos, como corte de ministérios e sua posterior recriação e fez concessões a setores como o funcionalismo, com forte impacto nos gastos federais.
No mesmo período, houve ainda casos suspeitos envolvendo seu nome e o de ministros escolhidos por ele na Lava Jato, operação contra a corrupção realizada no país.
O portal Nexo elencou 9 fatos memoráveis do período de interinidade do governo Temer. Confira!
Rombo de R$ 170 bilhões
A nova equipe econômica, chefiada por Henrique Meirelles, prometeu transparência nas informações oficiais e o primeiro trabalho foi refazer as contas do governo. Em 20 de maio,a previsão de déficit primário, que no governo Dilma era de R$ 96 bilhões, foi alterada para um prejuízo de R$ 170 bilhões.Os críticos do governo interino afirmam que Temer supervalorizou o rombo para poder gastar mais livremente no governo.Membros do governo Temer disseram que o número projetado anteriormente era irreal.
O vai e vem da Cultura
Por pressão de artistas e opositores, que ocuparam prédios da cultura e organizaram protestos em diversas cidades pelo Brasil, Michel Temer recuou sobre a decisão de extinguir o Ministério da Cultura. Em agosto, o governo anunciou o recuo sobre a extinção de outro ministério, o do Desenvolvimento Agrário, para depois da votação do impeachment.
‘Não fale em crise, trabalhe’
Ao assumir a presidência, ao lado de seus 23 ministros, Temer defendeu que a economia do país precisava de confiança para voltar a crescer e como incentivo aos brasileiros, usou uma frase que viu em um posto de gasolina: “Não fale em crise, trabalhe”, disse.
O ‘pacto’ contra a Lava Jato e o afastamento de ministros
Uma gravação vazada em março mostrou que Romero Jucá, já ministro do Planejamento, propôs um “pacto” para “estancacar a sangria” da Lava Jato, sugerindo que era preciso retirar Dilma para acabar com a operação.Com a divulgação do áudio, Jucá anunciou seu afastamento do governo e nas semanas seguintes, Fabiano Silveira (Transparência) e Henrique Eduardo Alves (Turismo) também deixariam o governo em razão da Lava Jato.
Citações de seu nome na Lava Jato
A delação premiada de Sérgio Machado foi divulgada na íntegra em junho e citava Temer. Segundoo relato, o presidente interino teria pedido R$ 1,5 milhão em doações ilegais para a campanha de Gabriel Chalita para a Prefeitura de São Paulo em 2012.
Reajuste de servidores públicos
Temer aprovou os reajustes para servidores públicos. O acordo custará ao governo R$ 68 bilhões até 2019. Temer alegou que apenas cumpriu o que o governo anterior tinha acordado.O presidente interino também fechou um acordo com Estados endividados que custará R$ 50 bilhões aos cofres do governo.
Vaia na cerimônia de abertura
Com uma popularidade baixa, Temer compareceu a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em agosto. Sua presença no Maracanã não foi anunciada, quebrando o protocolo. E durante sua breve fala, ele foi vaiado pelo público nas arquibancadas.