Queda de braço entre aliados preocupa o Planalto
Temer busca pacificar sua base no período pós-impeachment
© Reuters
Política Impeachment
No processo que teve início nesta quinta-feira (25), no Senado, a presidente afastada Dilma Rousseff está sendo julgada pela acusação de ter cometido crimes de responsabilidade por conta de atrasos no repasso do Tesouro ao Banco do Brasil e também por edição de decretos de crédito sem autorização do Congresso, o que viola dois artigos previstos na lei de Impeachment.
Segundo a coluna do jornalista Gerson Camarotti, que falou para a GloboNews nesta quinta-feira (25), existe uma preocupação política por parte do governo interino em relação ao pós-impeachment.
Há uma queda de braço significativa entre base aliada de Temer, o PSDB, por exemplo, se demonstra incomodado com alguns reajustes, concessões e as corporações do funcionalismo público, inclusive do poder judiciário, e questionando o próprio presidente em exercício. Além disso, o líder do Democratas, Ronaldo Caiado, já ameaçou romper com o governo caso não haja compromisso real com o reajuste fiscal.
A pressão ocorre quando o PSDB e o DEM, antes oposição, cobram mais firmeza por parte do peemedebista para vetar os reajustes, enquanto a própria cúpula do PMDB negocia com o judiciário para estes remanejamentos.
Este é o cenário que cria este jogo de poderes. Temer, por sua vez, pede calma e busca uma estabilidade na base, e afirma que não seria este o momento para disputas. Este é o discurso mais reservado utilizado pelo peemedebista.