Temer após crítica de Aécio: 'o que eu mais faço é discutir relação'
Presidente comentou declaração do tucano de que é preciso 'DR' com PMDB.
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Política Entrevista
Durante entrevista coletiva na China, o presidente Michel Temer (PMDB) cobrou neste domingo (4), a "compreensão" dos partidos que integram sua base de apoio no Congresso Nacional e afirmou que o que mais faz, atualmente, é "discutir a relação" com os governistas.
O peemedebista fez o comentário ao ser questionado por um jornalista sobre a declação do presidente nacional do PSDB, Aécio Neves. O tucano teria dito que Temer deve ter uma "DR" com o PMDB por conta do racha no partido na polêmica votação que permitiu que a ex-presidente Dilma Rousseff ocupe cargos públicos. Temer está no país asiático para encontro de cúpula dos países do G20.
Na ocasião, 10 senadores peemedebistas ajudaram Dilma a manter os direitos políticos, apesar de ter sido condenada no julgamento do processo de impeachment por crimes de responsabilidade. Oito parlamentares do PMDB votaram para manter a elegibilidade da petista e outros dois se abstiveram, o que beneficiou a ex-presidente, na medida em que eram necessários, no mínimo, 54 votos para inabilitá-la para funções públicas.
Aécio falou para ao jornal "O Globo" publicado neste domingo (4), criticando a postura de parte dos senadores do PMDB na votação final do julgamento de impeachment, e alegou que, sem o apoio do PSDB, não existirá governo Temer até 2018.
"Com essa base sólida é que vamos conseguir aprovar questões aparentemente difíceis, mas que produzirão efeitos muito benéficos no futuro. Mais do que base sólida, [precisamos] da compreensão dos partidos que nos apoiam. Até o presente momento, não tenho dúvida dessa compreensão. Não tenho preocupação. Conversar, haveremos de conversar sempre, não tenham dúvida", disse o novo presidente.
Sobre as cobranças do presidente do PSDB, Temer garantiu que vai "discutir o tempo todo" as queixas e as divisões na base aliada. Ressaltou ainda que faz isso "permanentemente", pois é necessário muito diálogo para manter a coesão de uma base com quase 20 partidos, voltando a criticar indiretamente a proliferação de legendaas no sistema político brasileiro.
"O que eu mais faço é discutir a relação. Eu faço isso permanentemente. Também, com uma base com quase 20 partidos, se não fizer isso permanentemente não consegue fazer a base permanecer unida. Quando tiver dois ou três partidos fica mais fácil", declarou Michel Temer, ao responder à reclamação de Aécio.
"Com os amigos do PSDB, eu tenho conversado com muita frequência. Tivemos muitos jantares e encontros. Prezo muito o apoio do PSDB", finalizou.
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