Renan Calheiros (PMDB) não faz questão de falar abertamente sobre a perda de mandato de seu correligionário Eduardo Cunha (RJ), ocorrida na segunda (12), mas o presidente do Senado admitiu que a cassação do mandato do ex-deputado já era esperada.

"Quem planta vento colhe tempestade. É uma lei da natureza", afirmou Renan nesta terça-feira (13).

Depois da sessão que votou a cassação de seu mandato, o peemedebista fez ameaças a aliados e disse que publicará, em breve, um livro com todas as conversas sobre impeachment que teve nos últimos tempos.

"Não sou especialista em Eduardo Cunha. Não gostaria nem de falar sobre isso", declarou o presidente do Senado, segundo a Folha de S. Paulo.

Questionado sobre uma citação do ex-deputado a ele em seu discurso, Renan disse: "afaste esse cálice de mim".

Ao longo de 2015, Renan Calheiros fez constantes ressalvas à condução dos trabalhos da Casa vizinha pelo colega de partido. Isso porque havia fazer acordos com os deputados, liderados por Eduardo Cunha, era difícil, o que impedia que as propostas aprovadas pelos senadores tivessem seguimento.

"Do ponto de vista da agenda, as coisas vão melhorar", destacou, em referência ao atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Renan afirmou ter assistido à sessão que cassou Cunha na casa do senador Wilder Moraes (PP-GO).

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