PF diz que Palocci tinha conta corrente com Odebrecht
É suposto que o ex-ministro também teria participado de conversas sobre a compra de um terreno para a sede do Instituto Lula
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Política Coletiva
A 35ª fase da Operação Lava Jato apura, segundo declararam policiais federais em entrevista coletiva nesta segunda-feira (26), a relação entre o Grupo Odebrecht e o ex-ministro Antonio Palocci e a possível existência de que o ex-ministro mantinha uma conta-corrente conjunta com a construtora.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), há evidências de que o Palocci e Branislav Kontic (assessor especial da Casa Civil) receberam propina para atuar em favor da empreiteira, entre 2006 e o final de 2013, interferindo em decisões tomadas pelo governo federal.
O juiz Sérgio Moro Moro autorizou o bloqueio de até R$ 128 milhões da conta de Palocci.
Mesmo que ainda de forma inconclusiva, é suposto que o ex-ministro também teria participado de conversas sobre a compra de um terreno para a sede do Instituto Lula, que foi feita pela Odebrecht.
Com relação a polêmica levantada após o Ministro da Justiça, Alexandre Moraes, prever ações da Lava Jato neste domingo (25), durante um comício em Ribeirão Preto, São Paulo, eles se defenderam. O ministro chegou a afirmar que essa semana teria "mais Lava Jato".
"O Ministério da Justiça não é avisado com antecedência sobre operações especiais e reafirma sua atuação de acordo com o estado democrático de direito", afirmou o delegado Igor Romário de Paula.