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Prefeito que fugiu da polícia tenta disputar segundo turno em MG

Ruy Muniz foi considerado foragido pela Justiça no dia 15 de setembro

Prefeito que fugiu da polícia tenta disputar segundo turno em MG
Notícias ao Minuto Brasil

12:52 - 03/10/16 por Folhapress

Política Montes claros

Depois de fugir da polícia e ter a chapa cancelada pela Justiça Eleitoral, o prefeito afastado de Montes Claros (norte de Minas), Ruy Muniz (PSB), conseguiu votos suficientes para disputar o segundo turno no município.

Sua defesa recorre ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que a chapa, que recebeu 48 mil votos, seja validada. "A gente apresentou recurso e deve ter uma resposta durante a semana", afirma a advogada de Muniz, Marilda Marlei.

O vencedor da eleição em Montes Claros foi o candidato do PPS, Humberto Souto, que teve 76 mil votos. Como os votos para Muniz não têm validade atualmente, Souto vence a eleição em primeiro turno, com 54% dos votos válidos.

Caso o TSE reverta a decisão contra o prefeito afastado, esse número cai para 40% contra 25% de Muniz.

Ruy Muniz foi considerado foragido pela Justiça no dia 15 de setembro, quando teve um mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Foi a segunda vez que ele teve a prisão decretada em cinco meses, por motivos diferentes.

Ele reapareceu dias depois, beneficiado por estar em campanha, já que a legislação eleitoral não permite candidatos sejam presos 15 dias antes do pleito, a não ser em flagrante delito.

VOTO DO IMPEACHMENT

Muniz ficou conhecido nacionalmente por ter sido preso um dia depois de sua mulher, a deputada federal Raquel Muniz (PSD), ter votado pela abertura de processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff, em abril.

Em seu voto, ela disse que tomava aquela decisão "para dizer que o Brasil tem jeito" e que "o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão".

A PF suspeita que ele inviabilizou o funcionamento de hospitais públicos e filantrópicos para beneficiar um hospital de sua família. Muniz nega as acusações.

Ele foi solto em julho e registrou a chapa para se reeleger, mas a Polícia Civil deflagrou outra operação, chamada Tolerância Zero, que apura suposta fraude na compra de combustível pela prefeitura da cidade.

O nome da operação faz referência a uma das marcas da gestão Muniz em Montes Claros, cujo slogan era "Tolerância Zero Contra a Corrupção".

Sua chapa foi cancelada por um juiz eleitoral no último dia 16, após o candidato a vice-prefeito Danilo Narciso (PMDB) apresentar renúncia. Na ocasião, Narciso disse que agia "de acordo com princípios éticos e morais". A decisão foi mantida pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Estado. Com informações da Folhapress. 

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