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"Delação não está no nosso radar", diz advogado de Cunha

Defensor afirma que Claudia Cruz, mulher do deputado cassado, não deve ir para Curitiba

"Delação não está no nosso radar", diz
advogado de Cunha
Notícias ao Minuto Brasil

21:40 - 19/10/16 por Notícias Ao Minuto

Política Prisão

Um acordo de delação premiado não está "no radar" do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso nesta quarta-feira (19) em Brasília. Quem afirmou foi um dos advogados do peemedebista (PMDB-RJ), Ticiano Figueiredo.

"Até o presente momento, não havia hipótese de fazer delação. A delação não estava no nosso radar", declarou Ticiano. Conforme o advogado, apesar da prisão, ainda não há indicação de o deputado cassado possa fazer uma eventual delação, segundo o UOL.

O defensor, que está em Curitiba, contou que deverá se encontrar com ex-deputado nos próximos dias para redefinir a estratégia de defesa.

"Vamos nos encontrar e avaliar o que será feito. Ele estava em Brasília para, entre outras coisas, conversar com seus advogados sobre sua estratégia de defesa", disse.

A defesa de Cunha já trabalhava com cenários nos quais a sua eventual prisão era cogitada, conforme indica Ticiano. "A gente avaliava todos os riscos (inclusive o da prisão). O Eduardo acredita muito no julgamento justo do processo dele. Ele vai esclarecer as mentiras dos delatores".

Cunha é réu em três processos na Justiça Federal. A prisão preventiva decretada pelo juiz federal Sergio Moro e executada hoje refere-se ao processo no qual o peemedebista responde por crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro durante a compra de um bloco de petróleo no Benin pela Petrobras.

Sobre a mulher do ex-parlamentar, Claudia Cruz, ir para Curitiba, Ticiano afirmou que ele não deve se deslocar até a capital paranaense para ficar perto do marido. "Por enquanto ela continuará no Rio", decretou.

Na sede da PF em Curitiba, o advogado comentou que Cunha "está sereno" e que "não há motivos para essa prisão".

Antes de falar com seu cliente na sede da PF, Ticiano afirmou que o ex-deputado foi preso enquanto esvaziava o apartamento funcional dele em Brasília. Ele "não foi algemado em momento algum" e os policiais "não fizeram nenhuma exigência, foram extremamente educados", contou o advogado.

"Os policiais educadamente aguardaram que o Eduardo juntasse algumas coisas e, para evitar uma exposição ainda maior, saíram pela garagem direto para o hangar da PF, e, na sequência, o trouxeram aqui para Curitiba". Ticiano disse ainda que "todos os factoides que estão dizendo, de que ele [Cunha] estaria numa padaria, na Asa Norte, ou que tentaria fugir, é factoide – ele foi preso no apartamento funcional que estava desocupando essa semana", concluiu.

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