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Metas da CPLP serão favorecidas com Guterres na ONU, diz Temer

Metas da comunidade da língua portuguesa serão favorecidas com Guterres na ONU, diz Temer

Metas da CPLP serão favorecidas com 
Guterres na ONU, diz Temer
Notícias ao Minuto Brasil

18:06 - 01/11/16 por Folhapress

Política Conferência

Eleito presidente da Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o presidente Michel Temer assumiu o compromisso de uma atuação voltada à implementação de pontos consensuais dos países membros do grupo. Ele anunciou também que será Cabo Verde a sede da 12ª conferência, em 2018. As informações são da Agência Brasil.

Sobre os pontos acordados durante o encontro, Temer destacou o "papel universal" deles e a sintonia com o que é defendido pela ONU (Organização das Nações Unidas), o que, segundo o presidente brasileiro, será favorecido pelo fato de o próximo secretário-geral da entidade ser o português António Guterres.

"Tomamos como tema para este encontro a Agenda 2030, que é das Nações Unidas. Com isso, damos dimensão universal a esta reunião que se deu no Brasil", disse Temer ao elogiar a indicação de Guterres para o cargo. "Ontem, o futuro secretário nos deu um relato do que fará nas Nações Unidas. Acredito que [com ele ocupando o cargo] a aproximação da CPLP com as Nações Unidas será mais facilitada e intensa", acrescentou o presidente ao pedir que os demais países-membros levem adiante todos os compromissos assumidos.

Os compromissos e as diretrizes firmadas durante o encontro da CPLP constam em dois documentos: a Carta de Brasília, que aponta as diretrizes definidas durante os debates iniciados ontem (31), e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que aponta metas mais específicas para o próximo biênio da CPLP, a ser presidido pelo Brasil.

Entre as iniciativas setoriais citadas na agenda para 2030 foram enumerados objetivos relativos à inclusão social, em áreas como erradicação da fome e da pobreza; de qualidade de vida e bem-estar; igualdade de gênero; gestão sustentável da água; de acesso à energia; crescimento econômico sustentável;,entre outros. Entre os 59 pontos abordados pela Carta de Brasília há, por exemplo, manifestações de apoio à ampliação do Conselho de Segurança da ONU, com o Brasil ocupando um de seus assentos permanentes. O documento endossa também a candidatura de outros integrantes dos Estados-Membros a cargos e funções em organizações internacionais.

Há ainda a discussão de diretrizes visando a facilitar a circulação de cidadãos no espaço CPLP; de estímulos a fluxos comerciais e de investimentos; e de construção de um mecanismo integrado de diálogo e colaboração entre a sociedade civil e a comunidade. A Carta de Brasília proclama 2016 como o Ano da CLPL contra o Trabalho Infantil, com vistas à prevenção e eliminação da exploração desse tipo de trabalho na comunidade, e reafirma o compromisso do grupo de reforçar o direito humano à alimentação adequada e à erradicação da fome e da pobreza em seus territórios. Além disso, o documento reitera o papel central do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) na coordenação de temas relativos à língua portuguesa.

"Como tivemos ótimos e produtivos encontros, peço que levem de Brasília o compromisso dos brasileiros e de todas autoridade com a CPLP. Não vamos ficar só na palavra. Vamos para a ação, para a execução. Que venhamos a manter nossos contatos permanentes ao longo desses dois anos", disse Michel Temer ao destacar os pontos considerados mais relevantes abordados durante o encontro.

Temer aproveitou a reunião para defender a proposta do governo brasileiro de estabelecer teto para os gastos públicos e dizer que tais medidas servirão de exemplos para outros países. "Como muitos países passam por situações de gastos acima do que se arrecada, o exemplo brasileiro está e poderá servir para os países de língua portuguesa", acrescentou.

"Adotamos [durante as reuniões] a tese de que cada país deve dimensionar as suas despesas de acordo com a sua receita. De certa maneira, aquilo que estamos fazendo em nosso país", afirmou Temer.

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que a questão do teto de gastos não aparece nos documentos, mas que foi apenas citada durante as conversas. "Concretamente isso não aparece. O que se disse foi que havia em vários países sistemas em que se consagrava essa solução orçamentária, mas que depois não entrou no detalhe da declaração", observou o português. Com informações da Folhapress.

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