No Paraná, a vendedora Nerileine Aguiar Miranda, 30 anos, é suspeita de ter aplicado golpe em centenas de pessoas nos últimos anos, na cidade de Apucarana. A política usava o argumento que tinha leucemia para arrecadar mais de R$ 18 mil somente em uma campanha. Ela terá que comprovar o diagnóstico à Polícia Civil.

Segundo o site TNOnline, as ações solidárias para beneficiar Nerileine ocorrem há mais de dois anos no município paranaense, no entanto há indícios que a vereadora já tenha feito outras campanhas.

As investigações começaram em outubro depois de denúncias de pessoas que ajudaram a jovem na organização de um evento e desconfiaram da história. Nerileine foi indiciada por estelionato qualificado.

Esta recente campanha, a da macarronada beneficente, aconteceu no final de setembro e reuniu mais de 500 pessoas. O convite foi vendido a R$ 20. Após o evento, Narileine usaria o valor arrecadado para viajar para São Paulo, onde faria uma cirurgia no Hospital Israelita Albert Einstein.

Por não apresentar sinais de quem passou por qualquer intervenção cirúrgica ou quimioterapia, as desconfianças aumentaram. Entre os dias 26 a 29 de setembro, segundo o delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP), José Aparecido Jacovós, data que supostamente a vereadora estaria em tratamento no Albert Einstein, há registro que ela estaria hospedada num dos hotéis da rede Bristol, em Curitiba.

“Após as denúncias, ouvimos Nerileine e encaminhamos para exames no Instituto Médico legal (IML). Para o médico, do IML, ela apresentou uma outra versão. Que não poderia falar sobre o caso porque seria ‘cobaia’ de um tratamento com células tronco, o que é muito estranho”, pondera, indicando que o caso é tratado como estelionato.

A Polícia Civil também deve fazer um levantamento dos bens adquiridos recentemente e pretende pedir o bloqueio dos mesmos, para que as pessoas lesadas possam ser restituídas.

O advogado de Nerileine disse que ela vai se manifestar nos autos do inquérito.

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