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Dilma rebate empreiteiro: 'no meu caso é propina. No do Temer, não?'

Ex-presidente da construtora Andrade Gutierrez disse que doação de R$ 1 milhão para campanha da petista era corrupção, mas mudou fala posteriormente

Dilma rebate empreiteiro: 'no meu caso é
 propina. No do Temer, não?'
Notícias ao Minuto Brasil

15:03 - 22/11/16 por Notícias Ao Minuto

Política Entrevista

A ex-presidente Dilma Rousseff questionou, nesta segunda-feira (21), o depoimento de Otávio Azevedo, ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez. Em entrevista ao portal Brasil 247, Dilma sugeriu que o executivo é "tucano" e que fazia parte de uma "armação" para separar as contas delas das de Michel Temer o processo que será julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O resultado da ação pode causar a cassação de Temer.

“Nós temos indicações que ele é um tucano. Não temos como ter certeza... Estou falando uma coisa (...) pela convicção (...). Ele queria primeiro criminalizar minha campanha. E a segunda questão, ele fazia parte de toda armação para separar minha conta do Temer”, disse Dilma.

O executivo da empreiteira afirmou que repassou R$ 1 milhão em propina à campanha de Dilma, fruto de propina. Depois, foi apresentado um cheque nominal a Temer com o mesmo valor. Azevedo mudou a versão, e negou que o montante fosse propina. A ex-presidente classificou como "estranha" a mudança de postura do executivo.

“No meu caso é propina. No do Temer não é propina?”, questionou. “Eu acho que ele se comportou como um agente político utilizando essa investigação como arma política.”

A ex-presidente disse, ainda, que não prevê um futuro bom para o país caso Temer seja cassado no TSE. Com o julgamento só deve ocorrer no próximo ano, o Congresso teria de eleger outro presidente (pela lei, se a cassação ocorrer ainda neste ano, antes da metade do mandato, uma eleição por voto popular terá de ser convocado).

“Eu não defendo o golpe dentro do golpe, eu não defendo a política do quanto pior, melhor, feita pelo senhor Aécio Neves [senador do PSDB]”, disse. Dilma voltou a defender eleições diretas - o que só seria possível nas eleições presidenciais de 2018.

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