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Calero não gravou pressão feita por Temer

Ex-ministro da Cultura teria em seu poder apenas gravações feitas por ele de conversas com autoridades do governo federal

Calero não gravou pressão feita por Temer
Notícias ao Minuto Brasil

19:56 - 25/11/16 por Folhapress

Política Denúncia

O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero não gravou a conversa em que o presidente Michel Temer, segundo ele, pressionou-o para que encontrasse uma solução para o prédio embargado em Salvador pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em que o ex-secretário de Governo da Presidência Geddel Vieira Lima tem um apartamento.

Segundo a reportagem apurou, Calero não tem em seu poder nenhum áudio comprometedor de Temer. Mas há gravações feitas por ele de conversas com autoridades do governo federal.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse nesta sexta-feira (25) que a Polícia Federal vai apurar a informação que tem circulado de que Calero gravou conversas. Inclusive, segundo Moraes, serão investigados os boatos de áudio com a voz de Temer.

"Os boatos sobre a gravação, se há ou não gravação, isso vai ser apurado para verificar em que condições foram feitas", disse Moraes, sem detalhar o que seria feito. "Não vou responder nada sobre isso", afirmou.

Nesta sexta, Calero divulgou nota negando ter pedido uma audiência com Temer para gravar a conversa.

Moraes também negou a informação de que o agora ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima tenha prestado depoimento à Polícia Federal.

"Quem vai decidir ou não se abre ou não inquérito, se pede abertura, quais as diligências a serem pedidas, é o procurador-geral da República (Rodrigo Janot). Não está mais na Polícia Federal", afirmou Moraes.

O ministro da Justiça lembrou ainda que, agora que Geddel não é mais ministro, Janot analisará se o caso será remetido à primeira instância.

Geddel entregou sua carta de demissão na manhã desta sexta-feira.

Em entrevista nesta manhã, Moraes saiu em defesa de Temer.

"O presidente simplesmente indicou ao ministro Calero que, se achasse o caso, consultasse a AGU (Advocacia-Geral da União). Tanto que o próprio ministro não consultou a AGU. Entendeu por bem não consultar e ele mesmo decidir. Este é o papel constitucional da AGU quando consultada por ministros. Nem houve a consulta, o que demonstra que foi uma conversa absolutamente normal", declarou o ministro da Justiça. Com informações da Folhapress.

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