Renan diz que a PEC do Teto deve ser promulgada antes do Natal
Presidente do Senado está empenhado em agilizar a votação da pauta na Casa
© Jonas Pereira/Agência Senado
Política Congresso
O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que será possível votar no dia 13 e promulgar no dia 15 de dezembro a PEC 55/2016, que estabelece limite para os gastos públicos nos próximos 20 anos. Ao deixar o Plenário no início da tarde desta quinta-feira (8), o parlamentar lembrou que no primeiro turno a proposta obteve "a maioria consagradora de 61 votos".
"Estamos a cinco dias úteis do fim dos trabalhos legislativos e vamos trabalhar para que essa pauta seja levada a termo. Vamos votar em 13 de dezembro e promulgar esta e outras PECs, se for o caso, no dia 15. As circunstâncias políticas é que vão dizer o que vamos poder entregar a sociedade. Vou me esforçar para que todos os itens sejam apreciados", disse Renan Calheiros, para quem haverá recesso parlamentar normalmente em dezembro e a retomada das atividades em primeiro de fevereiro.
Abuso de autoridade
Ao ser perguntado sobre o projeto de leique trata do abuso de autoridade, Renan Calheiros lembrou que qualquer decisão sobre urgência de algum projeto tem que partir do Plenário, não do presidente, que tem apenas a função de pautar.
O projeto estava na ordem do dia da última terça-feira (6), mas acabou não sendo analisado devido ao cancelamento da sessão. O texto tramita em regime de urgência.
"Não conversei com nenhum líder sobre isso. Essa e qualquer outra matéria, para que não seja cumprida a urgência, é preciso que o Plenário a desfaça. Não há outra forma. Quem define a urgência não é o presidente, mas o Plenário", afirmou.
Decisão do Supremo
Indagado pelos jornalistas sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal que o manteve na presidência do Senado, Renan disse que decisão do STF é para ser cumprida:
"A decisão do Supremo fala por si... Não dá para comentar decisão judicial. Decisão judicial do Supremo Tribunal Federal é para se cumprir", afirmou.
Ação penal
O presidente do Senado se defendeu das acusações de que teria se beneficiado do cargo para atender interesses particulares.
"Diziam que pratiquei crimes de documentos falsos e recebimento de dinheiro de empreiteira. O que sobrou? Sobrou um suposto crime de peculato porque contratamos na verba indenizatória uma locadora e a paguei em dinheiro. Isso não é crime. Isso não vai sobreviver, da mesma forma que a primeira denúncia da Lava Jato contra mim, a partir da delação do Paulo Roberto Costa, já foi arquivada", afirmou.
Renan Calheiros voltou a dizer que é inocente e que colabora com as investigações.
"Uma a uma essas acusações vão ruir todas porque sou inocente, estou colaborando e vou colaborara. Já fui quatro vezes depor na Polícia Federal e irei quantas vezes for necessário para que tudo se esclareça", disse. As informações são da Agência Senado.
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